Por daniela.lima
‘Estudo para retrato de Thaís Mello Lima’%2C obra de PortinariDivulgação

Rio - Será aberta hoje, no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), a exposição ‘Candido Portinari — Doação Finep’, com 65 obras inéditas do artista (1903-1962). Os trabalhos integram um conjunto de 222 peças que foram doadas ao acervo do MNBA pela Financiadora de Estudos e Projetos (hoje Finep — Inovação e Pesquisa).

“Em janeiro deste ano, a Finep fez a doação ao museu, já que ela (Finep) não tem a tradição de mostras nem é um local adequado para abrigar acervos. Contratamos um grupo para catalogar as peças e, agora, vamos expor um recorte do que foi doado. Parte destas peças foi restaurada. Trata-se de um conjunto muito expressivo da produção de Portinari”, ressalta Mônica Xexéu, diretora do MNBA e uma das curadoras da exposição, ao lado de Daniela Matera e Laura Abreu.

A mostra foi montada em núcleos temáticos: retratos, social, religioso e ilustração, como os trabalhos para livros de Machado de Assis (‘O Alienista’ e ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’). O público poderá ver, ainda, estudos e desenhos para murais da Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte, que foi projetada por Oscar Niemeyer.

Ao todo, são oito pinturas, quatro matrizes de estudos, duas gravuras e, o restante, desenhos. Três peças foram expostas ao lado dos painéis ‘Guerra e Paz’, que, pela primeira vez, ganharam o Grand Palais, em Paris, no primeiro semestre deste ano.

Com a doação dos 222 trabalhos, todos inéditos no país, o MNBA passou a ser o museu brasileiro com o maior número de obras de Cândido Portinari, somando 243 peças do artista. “Para nós, é significativo, já que Portinari estudou no prédio do museu, quando a instituição ainda era uma escola de arte”, diz Mônica Xexéu.

O público pode conferir todos os trabalhos, até 14 de setembro. O MNBA fica na Avenida Rio Branco 199, Centro (2219-8474). A entrada é franca.

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