Por daniela.lima

Rio - “Se a polícia já impediu a gente de tocar? Nem sei porque, quando eles aparecem, a gente já deu no pé”, brinca João Silveira, o João Kombi, guitarrista e vocalista da banda paulista Test. O grupo tem dois integrantes (João e Thiago Barata, na bateria, sem baixista) e aparece de surpresa nas saídas de shows de bandas como Iron Maiden e Black Sabbath, em São Paulo, para mostrar na rua (a bordo da Kombi de João, na qual carregam equipamentos) seu som pesadíssimo, que definem como ‘deathgrind’. Eles vão pela primeira vez ao Circo Voador, em 2 de agosto, abrir para o Ratos de Porão e o Dead Fish no aniversário de cinco anos da festa ‘A Grande Roubada’, com o DJ Wagner Fester nos intervalos.

Barata (E) e João Kombi%3A dupla já provocou engarrafamento na saída da Arena Anhembi%2C após um showDivulgação


“Esse show é uma exceção à regra de como costumamos ser tratados”, conta João, dando a entender que roubadas, de verdade, perseguem a dupla. “O tratamento para bandas pequenas quase sempre é um lixo. Muitas vezes dá no mesmo tocar na rua ou numa casa de shows. E, na rua, muita gente já ficou nos conhecendo.”

Em 2013 o grupo provocou um engarrafamento na porta da Arena Anhembi, após o show do Iron Maiden. “Pegamos a galera que estava indo para o metrô”, conta Barata. Dessa vez, a polícia chegou rápido. “Mas quatro advogados que viam o show, bêbados, peitaram a polícia, tipo ‘deixa os caras tocarem’. Não acreditamos”.

O grupo disponibiliza seus CDs no site testdeath.com.br. Em breve, lançam o flexidisc do Otomanos, projeto dividido entre o Test e o D.E.R., em que Barata também toca. “As seis músicas usam a mesma linha de bateria. Você escuta uma banda em cada caixa acústica”, conta o batera.

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