Por karilayn.areias

Rio - E m um show da Ivete Sangalo ou do Bon Jovi é comum um fã subir ao palco para abraçar o artista e, dependendo da ocasião, quem sabe até cantar uma música com ele. “Acredita que isso acontece também no nosso karaokê?”, diz Marcos de Oliveira, cantor do Gatunos do Rocha, que realiza a quarta edição do ‘Cassino dos Gatunos — Vem Karaokê’, hoje, no Teatro Rival. “Às vezes, acontece de uma pessoa que está na plateia assistindo a outra cantar, não se conter e invadir o palco para cantar junto. Esse é o clima que a gente gosta. Quando a pessoa não se segura na cadeira é sinal que o evento deu certo”.

Gatunos (com Marcos à esquerda%2C lá atrás) já convidaram André Ramiro%2C chamam Gabeh (abaixo) e sonham ter Sidney Magal como convidadoDivulgação

Ecletismo e interatividade parecem ser as palavras-chave do evento, que começa a rolar às 19h30, com fila na porta e inscrições limitadíssimas para cantar. O público inclui pessoas de todas as idades — de gente nova que canta MPB antiga até pessoas com mais de 60 anos que pedem para cantar músicas de Cássia Eller. Quem consegue soltar a voz, ganha recadinhos no telão sobre suas performances.

Além disso, rolam prêmios para os três primeiros lugares, que incluem vales para salões de beleza, kits de comida e camisetas do Gatunos do Rocha. Mas a motivação, acrescenta Marcos, é mesmo a música. Ele diz ver cantores lá que poderiam perfeitamente trilhar carreiras profissionais.

“Ficamos surpresos com isso. Achamos que as pessoas, em sua maioria, não fossem dar conta do recado. O palco do Rival é muito grande!”, diz. “Mas para nossa surpresa, tem muitos talentos escondidos por aí”.

A ideia de levar um karaokê para o palco foi da própria dona do teatro, Ângela Leal. A atriz assistiu à primeira edição e ainda publicou no Twitter do grupo que o show é “irreverente como o Rival sempre foi”. Marcos diz ter achado que a própria história do Rival fosse inibir os frequentadores. “São mais de 80 anos de música, né?”.

Os Gatunos do Rocha existem há três anos e incluem em sua formação atores-cantores. Como alguns dos integrantes volta e meia estão em peças ou novelas, a formação é variável. O time que vai para o palco do Rival amanhã inclui Marcos no vocal, Anna Markun (integrante do reality show ‘A Fazenda 4’ da Rede Record) nos vocais, Rodrigo Candelot (o Coronel Formoso do filme ‘Tropa de Elite 2’) na bateria, D’Alessandro Mangueira no baixo e Felipe Magalhães na guitarra. Uma turma que tem a cantora Rosannah Fiengo (a própria, de ‘O Amor e o Poder’) como madrinha. E que sempre convida colegas para o palco. André Ramiro (de ‘Tropa de Elite’) já apareceu por lá e hoje é a vez de André Gabeh (cantor e participante da primeira edição do ‘Big Brother Brasil’). “Nem programei nada para fazer com eles. É tudo surpresa e dá até medo”, brinca André, que está gravando um CD.

“Sonhamos agora ter com a gente o Sidney Magal. Ele mora fora do Rio e tem a agenda muito cheia, mas não desistimos!”, brinca Marcos.

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