Por daniela.lima

Rio - Com mais de 300 milhões de discos vendidos, o espanhol Julio Iglesias, que canta no Citibank Hall amanhã (em meio à sua alegada turnê de despedida), é, talvez, o maior cantor romântico de todos os tempos. E, conta-se, já teria conquistado mais de três mil mulheres — número negado por ele. 

Artista anuncia o fim da carreira%2C mas diz que não o deixam pararDivulgação


“Não, não, nem acho que ‘conquista’ seja uma palavra bonita. O mais bonito do amor é o ato de amar. Amei muito e aprendi do amor a viver mais a vida”, derrama-se romanticamente o astro em conversa por telefone com O DIA, após inverter o papel e fazer várias perguntas ao repórter. “Quantos anos você tem? De que país vem seu sobrenome? Você é casado e não tem filhos? Precisa praticar mais, hein?”, zoa, tão simples quanto um popstar pode ser.

Julio, aliás, convidou a novinha Paula Fernandes para dividir o palco com ele amanhã no Citibank Hall. “Ela tem uma voz maravilhosa e é uma mulher muito bonita, por dentro e por fora”, elogia, sem perder tempo. Mas como assim, Julio? Há algo mais entre vocês além do encontro musical? “Ah, não, ela é como minha filha. Não vou namorá-la”, brinca o pai de oito filhos — dentre eles, os cantores Enrique Iglesias e Julio Iglesias Jr.

O cantor acaba de passar por Brasília e São Paulo (no último fim de semana, com participação de Luiza Possi). Após o Rio, vai para Balneário Camboriú (sábado, 27 de setembro), Curitiba (1 de outubro e 8 de outubro), Porto Alegre (3 de outubro), Passo Fundo (4 de outubro),Ribeirão Preto (11 de outubro), Santos (16 de outubro) e Jaguariúna (18 de outubro). No roteiro dos shows, sucessos como ‘Devaneios’, ‘Coração Apaixonado’, ‘Manuela’ e ‘Crazy’ (da novela ‘A Viagem’, atualmente sendo reprisada pelo Canal Viva).

Em plena forma aos 71 anos — o que atribui ao fato de nadar e pegar sol todos os dias — ele não sente a idade. “Hoje canto bem melhor. Sou um dos crooners que cantam ‘para dentro’, como Nat King Cole, Elvis Presley, Roberto Carlos, Frank Sinatra. É como encontrar a alma da música”, diz.

Julio anuncia o fim, mas sua agenda não para — e vale lembrar que ele já foi visto se despedindo em outras ocasiões. “Ainda vou fazer 14 concertos na Austrália e um especial para a TV americana. Como parar se as pessoas não me deixam parar?”, graceja o cantor, que, na juventude, foi jogador de futebol, e de seu time do coração, o Real Madrid (parou após um grave acidente de automóvel). “Hoje jogo com a cabeça, não com os pés. Uma vez, conheci um jogador que tinha o meu nome, em minha homenagem. Ele se chamava Julio Iglesias, acredita? Era um goleiro muito bom.”

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