Por daniela.lima

Rio - O seu candidato foi eleito? Comemore. Não se elegeu? Comemore também. Vai para o segundo turno? Festeje, sabendo que muito mais do que ter acertado no voto é o acerto de contas com a democracia. Bacana é poder votar (nem sempre foi assim) e depois torcer para que o eleito, seja o nosso candidato ou não, justifique a confiança de quem confiou. 

Luis Pimentel%3A Uns causozinhos políticos Divulgação


Acho que ainda tem muita gente tensa com o resultado das urnas, por isso conto uns causozinhos leves sobre política e políticos, só para relaxar. Essa eu mesmo ouvi, na infância em Feira de Santana, um candidato a prefeito pedir votos assim:

— Sou pobre e vou governar para os pobres. O meu adversário é rico e só vai cuidar dos ricos. Ele não tem compromisso com a pobreza, porque nasceu em colchão de mola. Eu, não. Eu nasci foi numa cama de pau duro!

E me contaram que ali pertinho, em Nazaré das Farinhas, outro começou o comício assim:
— Se eleito, prometo a todos dessa cidade uma mesa farta!
E o eleitor, na multidão:

— Já temos, doutor! Farta arroz, farta feijão, farta farinha...
Durante a Presidência de certo caçador de marajás, quando a safadeza rolava não só com as contas de poupança do povo, um ministro “pegava” certa ministra, no caso da Fazenda. Amigo meu, que gozava da intimidade dos dois, contou que ele ligava para ela assim:

— E aí, como vai o nosso “Tesouro”?
Entreouvido na porta da Assembleia Legislativa de um estado nordestino, campeão de corrupção:
— Um deputado desses aí pegou febre aftosa.
— Danou­se! Vamos ter que sacrificar toda a manada.

Só mais umazinha, em homenagem à eleição:
Numa festa, a madame é apresentada a eminente político nacional.
— Muito prazer — diz ele.

— Prazer — diz ela. — Saiba que já ouvi falar muito do senhor.
— É possível, minha senhora. É possível. Mas ninguém tem provas!
Só mais uma, só mais, prometo que é a última:

Foi durante entrevista com certo político muito influente, entrado nos anos, mas metido a garotão e casado com uma moça bem jovem (eles gostam muito disto):
— A sua esposa faz sexo com o senhor por amor ou por interesse?
— Por amor. Claro que é por amor.

— Como é que o senhor tem certeza?
— Porque ela não demonstra o menor interesse.
E a saideira, rapidinha que nem promessa de campanha. Um candidato a prefeito discursava para o povo:
— Se eleito vou construir escola, posto de saúde, “as delegacia”, “os hospital”...
Um aliado interveio:
— Candidato, se quiser ganhar essa eleição o senhor vai ter que empregar o plural.
E ele:

— Sem problema. Vou empregar o plural e toda a família dele!

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