“Fui descobrindo histórias ainda mais interessantes do que as das divas. Porque quando os homens vão para a cozinha, geralmente é por paixão”, diz o autor, que escreveu o livro após inúmeros pedidos de leitores e amigos. “Agora a gastronomia está em alta entre os homens. Mas, nos anos 50, não era assim. Ainda tinha um certo machismo que impedia o homem de ir para a cozinha e a mulher cozinhava mais por obrigação”, observa ele, ressaltando o contexto em que retrata seus astros.
Na publicação, é possível descobrir que Luciano Pavarotti comandava o fogão. Em cada viagem que fazia, o tenor carregava o utensílio junto às suas panelas e aos ingredientes preferidos. Fiel à culinária italiana, não abria mão de preparar suas próprias refeições. “Ele reservava sempre duas suítes. Uma era só para recriar a cozinha dele. Pavarotti levava tudo, até o fogão, e preparava comida para toda a sua equipe”, conta o pesquisador.
Apesar do amor pela gastronomia, Evânio descobriu que nem todos eram tão bons cozinheiros como o italiano. O ator americano Rock Hudson, por exemplo, não acertava nem o ponto do churrasco. “Ele gostava de cozinha, mas não tinha muita habilidade. Hudson sempre convidava os amigos para um churrasco na casa dele. Mas tostava tanto a carne, que era preciso enfiá-la debaixo d’água para apagar o fogo!”, diverte-se o escritor. “O mordomo que trabalhou por 30 anos com ele dizia que nunca conseguiu provar um bife feito pelo patrão", completa.