Por daniela.lima
Los Angeles -  Quando o ator e diretor George Clooney aceitou seu Globo de Ouro honorário pelo conjunto de sua obra, no domingo, ele usou o discurso de agradecimento tanto para pôr o valor dos prêmios em perspectiva como para manifestar o seu apoio às vítimas do ataque letal no semanário francês Charlie Hebdo. 
George Clooney foi homenageado na premiaçãoReuters


"Hoje é um dia extraordinário", disse Clooney ao receber o prêmio Cecil B. DeMille de reconhecimento por seu trabalho como ator, cineasta e ativista.

"Milhões marcharam não só em Paris, mas em todo o mundo, e havia cristãos e judeus e muçulmanos, líderes de países de todo o mundo. Eles não marcharam em protesto, marcharam em apoio à ideia de que não vamos caminhar com medo. Je suis Charlie."

Clooney, de 53 anos, que usava no terno um broche com a inscrição "Je Suis Charlie", demonstrou humildade em seu discurso, zombando de si mesmo por ter perdido mais Globos do que ganhado.
Publicidade
"Se você está nesta sala... você faz o que você sempre sonhou fazer e por isso é celebrado", disse.
Clooney, que já atuou em filmes como "Onze Homens e um Segredo”, "Syriana – A Indústria do Petróleo" e "Os Descendentes", homenageou os atores falecidos Lauren Bacall e Robin Williams.
Publicidade
Ele também fez piada sobre os e-mails maledicentes que vazaram quando a Sony Pictures foi pirateeada, encorajando todos a fazer emendas, e sobre os comentários desfavoráveis para seu filme de 2014, "Caçadores de Obras-Primas".
Todos os olhares estavam voltados para o ator e sua mulher, Amal, com quem se casou recentemente, quando fizeram sua estreia no tapete vermelho como um casal no domingo.
Publicidade
"É um momento de humildade quando você encontra alguém para amar, e ainda melhor quando você está esperando a vida inteira", disse Clooney no palco para sua mulher.
"Amal, qualquer que seja a alquimia que nos uniu, eu não poderia estar mais orgulhoso de ser seu marido."
Publicidade
No início da noite, estrelas como Jared Leto, Helen Mirren, Joshua Jackson e Diane Kruger também manifestaram apoio às vítimas do Charlie Hebdo, enquanto Theo Kingma, presidente da Associação da Imprensa Estrangeira, organizadora do Globo de Ouro, fez um discurso comovente no palco.
"Como jornalistas internacionais também entendemos a importância da liberdade de expressão artística. Juntos, vamos permanecer unidos contra qualquer pessoa que queira reprimir a liberdade de expressão em qualquer lugar, da Coreia do Norte a Paris", disse Kingma.