Por tiago.frederico
JP com Ícaro Silva%3A eles são Simonal na infância e na fase adultaDivulgação

Rio - As histórias são diferentes mas, a julgar pela esperteza e a disposição, o destino do ator menino também incluirá suingue, sucesso e simpatia. Tudo com o ‘S’ de Simonal, personagem que JP Rufino, de 12 anos, interpreta quando criança em ‘S’imbora, o Musical — a História de Wilson Simonal’, que acaba de estrear no Teatro Carlos Gomes.

Vivendo também o pequeno médium Azeitona na novela ‘Alto Astral’, o menino responde ao estilo de Simonal quando perguntado se está curtindo a correria profissional entre os estúdios do Projac, em Jacarepaguá, e o teatro Carlos Gomes, no Centro: “Yeah! Estou amando isso tudo.”

Também filho de um músico — Sérgio Rufino, do grupo Revelação —, JP (que nasceu João Pedro) já estudou bateria, teatro, canto e sapateado, aprendeu a tocar pandeiro tamborim com o pai, mas, ainda assim, afirma, mostrando que não falta personalidade e bom humor por baixo dos cabelos black power: “Já nasci pronto.”

Se o papel de destaque na TV lhe rende fãs, pedidos de selfie e mensagens pelas redes sociais, o teatro se tornou uma escola para o desenvolvimento de talentos múltiplos. “A parte do musical que eu adoro é quando entro como se fosse um locutor, tipo DJ, e começo a cantar um rap do Max de Castro”, diz, citando um dos filhos de Wilson Simonal.
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“Assisti a vídeos e pesquisei sobre o Simonal, as ideias dele, muitas pessoas não entenderam que ele foi um grande artista, e não um bandido”, afirma, sobre as acusações sofridas pelo cantor, de ter colaborado com os militares durante a Ditadura. “Estou escutando suas músicas, e o ‘Tributo a Martin Luther King’ me ensina a nunca parar de lutar”, afirma, todo trabalhado no discurso.
No bate-papo, JP faz questão de dizer que gosta de samba e é apaixonado pela Mangueira, antes de se revelar roqueiro ao citar algumas de suas bandas preferidas: Beatles, Charlie Brown Jr., Nirvana e Arctic Monkeys. No ano passado, ele foi escolhido o melhor ator mirim no prêmio Melhores do Ano, do ‘Domingão do Faustão’, pela atuação em ‘Além do Horizonte’, sua primeira novela.
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“Fiquei comovido. Gosto de atuar e foi o que eu escolhi na vida”, conta. E admite que, com a volta às aulas, o assédio deverá aumentar no colégio: “Tenho várias pretendentes, mas ainda não tenho idade. Vou deixar mais para frente”, avisa às pequenas.
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