Rio - Joyce Moreno fez sua primeira música na adolescência, após ter aprendido a tocar violão, aos 14 anos. Declaração de amor ao Rio de Janeiro, cidade natal da artista, ‘Rio meu’ flagra Joyce sem a inspiração que iria lhe garantir lugar de honra na música brasileira a partir dos anos 1970. Mas a música cabe muito bem no repertório de ‘Rio de Janeiro’, CD de voz e violão gravado por Joyce em 2011 para o mercado japonês. Um dos melhores discos da cantora, ‘Rio’ — como o CD foi creditado na borda da capa da edição europeia de 2012 — ganha enfim edição brasileira. A edição nacional de ‘Rio’ está prevista para chegar ao mercado este mês, a tempo de celebrar os 450 anos da cidade.
De fato, trata-se de bonita homenagem ao Rio. De modo geral, o repertório exalta as belezas de uma cidade que insiste em continuar maravilhosa, apesar da violência e dos tempos nublados (‘Rio cheio de tristeza quando o sol não vem’, diz verso da citada ‘Rio meu’). Mas Joyce não foge à luta dos que clamam por uma cidade menos partida e também dá voz (cada vez melhor) aos que vivem nos barracos da cidade, cenário dos versos criados por Sergio Natureza para ‘Vela no breu’, parceria do poeta com Paulinho da Viola, de 1976.






