Rio - Como todos os fãs do universo criado por George Lucas bem sabem, os eventos mostrados em ‘Star Wars’ acontecem numa galáxia muito, muito distante e, ainda que separados por intervalos de alguns anos, podem ser vistos nos cinemas.
No entanto, para entrar em contato mais constante com a Ordem Jedi, o lado negro da Força e todos os outros elementos que compõem a saga, os adeptos da mitologia buscam cada vez mais os livros do chamado Universo Expandido — edições que trazem histórias protagonizadas pelos personagens da trama, mas que não são mostradas nos filmes.
Foi apostando nisso que a Editora Aleph — principal casa editorial dedicada ao gênero de Ficção Científica no país — decidiu fazer uma ação ambiciosa no mercado: dentro dos próximos dois anos, vai lançar 20 títulos dedicados às histórias de ‘Star Wars’. A decisão é reflexo do bom retorno da primeira investida nesse território, feita em 2014.
“Lançamos ‘Herdeiro do Império’, escrito pelo Timothy Zahn, em dezembro do ano passado, e ficamos surpresos com os resultados. Em pouquíssimo tempo, vendemos 40 mil dos 60 mil exemplares impressos. Naquele período em que esteve no Brasil para lançar o romance, ele deu mais de três mil autógrafos.
Percebemos que havia um público grande para as aventuras de ‘Star Wars’ e resolvemos investir nisso. Nossa meta é vender pelo menos um milhão de livros até 2016”, informou o editor Daniel Lameira na última quinta-feira, durante o café da manhã de lançamento do livro ‘Kenobi’, de John Jackson Miller — a edição é a primeira dos próximos lançamentos ambientados nesse universo.
As novidades, no entanto, não vão se limitar às aventuras vividas pelos Jedis. Ainda este ano, a editora vai colocar no mercado clássicos da ficção científica que andavam desaparecidos das livrarias. Entre eles, estão ‘O Planeta dos Macacos’, de Pierre Boulle, ‘Jurassic Park’, de Michael Crichton, e ‘Eu Sou a Lenda’, de Richard Matheson.
Além disso, alguns títulos que se destacaram no mercado americano, como ‘Sombra do Paraíso’, de David S. Goyer e Michael Cassutt, e ‘Cyberstorm’, de Matthew Mather, chegarão por aqui.
“Nós queremos convencer todos da importância de se ler ficção científica, tanto para o lazer como para a formação de leitores. Há uma resistência muito forte, porque as pessoas não entendem a ficção científica, que ficou estigmatizada como uma literatura menor”, finalizou o diretor editorial, Adriano Fromer.