Por bianca.lobianco

Rio - Lançando o livro infantojuvenil ‘Pra Ficar Com Ela’ (Globo Livros, 72 págs., R$ 32) hoje, às 16h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, o casal de jornalistas e escritores José Godoy e Mariza Tavares traz de volta — em tempos de redes sociais e blogs — o hábito de escrever diários, comum entre as meninas dos anos 80 e 90. Só que o personagem é um garoto, Miguel, 11 anos, que se apaixona por uma amiga de infância, Camila.

Garoto de 11 anos descobre o amor e conta suas percepções em um diárioDivulgação

“Miguel descobre que Camila e suas amigas estão escrevendo diários para ninguém fuçar o que elas escrevem no Facebook. Diário é uma coisa mais feminina, mas ele começa a escrever um como forma de se aproximar dela”, conta Mariza. “E acaba sendo uma viagem de autoconhecimento, porque ele começa a falar de tudo lá: o relacionamento com os pais, a morte do avô, as brigas com o irmão. Nem tem só o diário lá, porque a ideia era falar do dia a dia dele. É a vida de uma criança de 11 anos que começa a descobrir que as meninas são legais. E que ele pode ser amigo delas ou namorá-las.”

Fenômeno da literatura infantojuvenil em todo o mundo, a série ‘Diário de Um Banana’, do americano Jeff Kinney, poderia até servir de inspiração para o projeto de Godoy e Mariza. Não foi o caso, até pelas diferenças entre os personagens principais.

“Acabou tendo um resultado bem diverso, até porque o Miguel é um personagem bem mais descolado, que tenta racionalizar e resolver os problemas de alguma forma. Ele é, digamos assim, um cara mais ‘para cima’”, brinca Mariza, que é mãe de um filho já adulto e avó de um neto. “Meu filho foi uma criança muito solar, ‘para cima’ também. Muito do livro veio dessa minha convivência com meninos. E de um grupo de leitores mirins, da idade do Miguel, que leu o livro e fez críticas, deu opiniões.”

Godoy e Mariza têm cada um seus projetos profissionais, e escrever o livro junto foi uma novidade para o casal. “Acabou sendo um grande aprendizado. A gente se dividia, cada um escrevia um capítulo, passava para o outro. Teve briga, sim, às vezes rolava”, admite ela. “Mas hoje a gente nem sabe mais quem escreveu que parte do livro.”

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