Rio - Nem duplas, nem artistas solo. O Rio Banda Fest, festival que reúne neste sábado 20 grupos cariocas (divididos entre cinco espaços da Prefeitura, patrocinadora do evento), tratou de se certificar que só bandas independentes de rock estariam na competição.
“Foram mais de 300 inscrições e um júri peneirou as 20. Não poderia ser dupla acompanhada por banda, como acontece no sertanejo. Tinha que ser pelo menos um trio”, diz Paulo Lopez, produtor do Imperator e curador do festival. “O White Stripes, com duas pessoas, poderia se inscrever, mas ia ficar a dúvida: é dupla ou banda?”.
Os shows, gratuitos, ocorrem todos a partir das 18h, simultaneamente, nas arenas Jovelina Pérola Negra (Pavuna), Dicró (Penha), Chacrinha (Guaratiba), Fernando Torres (Madureira) e no Teatro de Marionetes Carlos Werneck (Parque do Flamengo). De cada palco, sairá uma banda para a final no Circo Voador, em 4 de junho, com show dos Detonautas. No fim, duas bandas vencedoras (voto popular e júri técnico) ganham prêmio em dinheiro de R$ 10 mil cada.
“Muito bom que a Prefeitura invista, nos 450 anos do Rio, num festival de rock. A cidade não é só bossa nova e samba. Ela ajudou a construir o rock brasileiro”, conta Paulo.
No evento, estão bandas como Helga, Pessoal da Nasa, Folks e Nove Zero Nove (votação pela internet e programação estão em www.riobandafest.com.br), entre 20 grupos que ainda estão nas primeiras demos ou CDs independentes — diferentemente de atrações como o ‘Superstar’, da Globo, que selecionou o Tianastácia, banda que já foi aposta de gravadora e tocou no Rock in Rio. “Respeito a atitude do Tianastácia e da Globo em programá-los. Mas é importante renovar”, acredita ele.
