Por tabata.uchoa

Rio - Dez compositores estarão sob os holofotes pela primeira vez no domingo. A Praça Nobel, no Complexo do Andaraí, vai receber o Festival Velocidade Música, no qual os integrantes do projeto de mesmo nome apresentarão o resultado de um mês de trabalho. Nesse período, os participantes aperfeiçoaram seus talentos com músicos como Arthur Maia, Paulão 7 Cordas, Noca da Portela e Liomar Eleutério, que encerra o show com a sua banda, Pique Novo.

O Pique Novo encerra a apresentação do Festival Velocidade Música%2C que acontece domingo%2C no AndaraíWashington Passato

A ideia, segundo os organizadores, é dar oportunidade aos artistas escondidos nas periferias cariocas. Além do aprendizado com nomes consagrados da música brasileira, eles formalizam as suas composições, tendo aulas de canto com uma diretora vocal e gravando em um estúdio profissional. Estreando o projeto, os moradores de Andaraí, Borda do Mato, Nova Divinéia, Jamelão, João Paulo II e Juscelino Kubitschek (que formam o Complexo do Andaraí) puderam se inscrever enviando uma composição própria.

Mariana Marinho, produtora executiva da Dona Rosa Filmes e idealizadora do projeto, conta que situações inesperadas aconteceram durante o processo: “Estávamos recebendo poucas inscrições. Aí percebemos que o pessoal estava inibido, porque não tinha como gravar as composições para enviar para a gente.” Resolvendo a questão, a equipe permitiu que os músicos usassem o estúdio, que fica no Grajaú. Dessa maneira, mesmo quem não ingressou no projeto pôde gravar uma música.

O time, que foi selecionado pelos mentores, tem, em sua maioria, entre 18 e 30 anos. Os compositores apresentaram sambas, pagodes e funks, entre outros ritmos. Ao final do Velocidade Música, as dez canções estarão em um CD com tirada de mil cópias, produzido por Paulão 7 Cordas. “Às vezes, as pessoas têm talento, mas falta a chance de mostrá-lo na condição adequada. A ideia é dar oportunidade de boa qualidade”, comenta Paulão, que já trabalhou com artistas como Zeca Pagodinho, Nei Lopes e Wilson Moreira.

“Queremos estimular as inspirações artísticas e dar experiência para quem quiser fazer da música mais do que um hobby”, conta. O objetivo da produtora é tornar o projeto anual, expandindo-o para outras comunidades no Rio de Janeiro.

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