Por tiago.frederico

A quem educa e forma%2C cabe mostrar qual a melhor vara de pescar e%2C sobretudo%2C que peixes pescar no mar de opçõesArte O Dia

Rio - Semana passada, entrevistei o ministro da Educação e professor Renato Janine e, como sou educadora há pelo menos 20 anos, não resisti e provoquei uma fagulha de debate sobre o futuro do ensino e da aprendizagem. O que ensinar? O que aprender? Como e para que aprender certas coisas?

Antigamente ouvia-se que não podíamos dar o peixe aos nossos filhos (e alunos), tínhamos que ensiná-los a pescar. Hoje eles aprendem a pescar no Google, no YouTube e onde mais quiserem. A quem educa e forma, cabe mostrar qual a melhor vara de pescar e, sobretudo, que peixes pescar no mar de opções.

Educar antes era, principalmente, fazer assimilar conteúdos diversos. Quem ainda acredita que educar é, majoritariamente, transmitir conhecimento, perdeu o bonde. Todos nós, adultos e crianças, somos bombardeados de informação e conteúdos diversos o tempo todo. Demais até. O que precisamos aprender nesses novos tempos de informação em excesso é a arrumar tudo e transformar em vantagem, conhecimento. Precisamos instalar um filtro crítico para não pirarmos com todo o input que recebemos. Esse é o papel da escola, da família e de todos os que ousarem contribuir na formação de cidadãos de caráter fortalecido e preparados para o século 21. Cutucar, instigar, desenvolver um pensamento crítico e capaz de assimilar o que é importante — eis a missão da escola. Como disse o ministro, é importante dar condições ao aluno para que ele saiba separar o joio do trigo.

O futuro da escola está aí: ela deve ser inclusiva como os meios digitais tendem a ser e ensinar a administrar mentalmente, sem perder o equilíbrio ou a tranquilidade, todos os conteúdos que os alunos, sozinhos, podem descobrir ao longo de sua vida. Porque vintage, só videogame ou peças de vestuário. Educação, a gente quer a de ponta, que acompanhe a nova criança e o novo adulto.

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