Por paloma.savedra

Rio - Sem poder contar com Yoko Ono e Sean Lennon para seu livro ‘John Lennon em Nova York — Os Anos da Revolução’ (Ed. Valentina, 248 págs, R$29,92), o jornalista americano James A. Mitchell repassou o período mais ativista e pacifista do ex-beatle conversando com ativistas da esquerda americana como John Sinclair e Gloria Steinem e integrantes da banda que acompanhou John, Elephant’s Memory. Todos conviveram com o autor de ‘Imagine’ entre 1971 e 1972 em Nova York, quando foi considerado uma ameaça ao governo do republicano Richard Nixon e quase foi deportado.

Yoko Ono e John Lennon em meio às investigaçõesDivulgação / Arquivo Corbis

“Yoko alegou que já há muitos livros sobre Lennon. Entendi seu ponto de vista. Mas o legado dessa época permanecia negligenciado”, diz Mitchell, trazendo um retrato apurado da devassa feita na vida do cantor pela espionagem norte-americana. O ex-beatle, protestando ativamente contra a Guerra do Vietnã, chegou a ser visto como um líder jovem a ameaçar a reeleição de Nixon, que aconteceria em 1972. O cantor só teria o visto de trabalho liberado nos EUA em 1976.

“Fiquei surpreso de ver a que ponto chegaram as tentativas de deportá-lo”, conta. Sean Lennon, filho de John e Yoko, por sinal, já afirmou que seu pai foi assassinado pela espionagem norte-americana. “Não vi nada que comprovasse isso. Claro que o governo de Nixon teve vários crimes e isso estaria dentro de certa lógica, mas nada tão extremo quanto matar alguém.”

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