Por tabata.uchoa

Rio - Márcio Gomes não consegue se lembrar quanto já investiu em ternos e roupas, tudo para agradar seu público (em sua maioria mulheres idosas) durante seus shows, como o que acontece hoje, no Imperator, que marca o lançamento de seu novo álbum ‘Eternas Canções’. Ele gosta de se apresentar elegantemente, no melhor estilo “Com muitos brilhos me vesti. Depois me pintei, me pintei”, como diz os versos de Chico Buarque.

Márcio Gomes tem coleção de ternos para se apresentar%2C comprados durante suas viagens ao exteriorLarissa Lax / Divulgação

“Não posso repetir roupa, as fãs reparam em tudo. Coloco coletes, gravatas diferentes, o povo quer espetáculo e a roupa faz parte disso”, explica Márcio, que costuma compras seus ternos chiques em viagens fora do Brasil. “Agora com a alta do dólar não vai dar. Vou ter que colocar o que está guardado no armário”, diverte-se. 

Com roupa nova ou não, a verdade é que o cantor é sucesso no que se diz respeito a lotar casa de shows. Há quase dois anos, ele vem conseguindo isso no local em que se apresenta nesta tarde. “Não sou cantor da mídia, sou cantor do grande público. A chave do sucesso é a informalidade com que trato minhas apresentações, a coisa de me sentir em casa mesmo. Isso vale mais do que o cachê.”

Angela Maria é a grande inspiração de Márcio, que já esteve no palco ao lado da cantora algumas vezes. “Ela é minha cantora, minha rainha e minha companhia de palco”, elogia. Cantando músicas da era do rádio, Márcio conta que algumas canções tocam demais as pessoas e que, por isso, não poderiam faltar em seu novo CD. “Tem ‘Menino Passarinho’, de Luis Vieira, e ‘Granada’, um clássico da música espanhola. Essas empolgam bastante.”

Se a animação da plateia não passa despercebida, as lágrimas também não. “O povo chora mesmo, ou lembrando de algum momento, ou pela minha forma de cantar. Vejo senhores chorando, e isso marca. Eu já me emocionei várias vezes”, relembra o cantor que, apesar de causar admiração nas senhorinhas, nunca recebeu uma cantada mais ousada nem pedidos de casamento: “Prefiro que seja platônico”.

Você pode gostar