Rio - Um dos mais célebres nomes do século 20, Santos Dumont, responsável pela criação do primeiro avião impulsionado por um motor a gasolina, é tema da exposição ‘Poeta Voador’, no Museu do Amanhã, na Praça Mauá. Com abertura para o público hoje, a história do inventor e aviador brasileiro será apresentada até o dia 30 de outubro. A exposição, que custa R$ 10 (inteira), conta com protótipos das suas principais criações e duas réplicas em tamanho real do avião Demoiselle e o pioneiro da aviação, o 14 bis.
A fim de explorar o caráter inovador e artístico de Dumont, o curador da exposição, Gringo Cardia, quis apresentar com linguagem audiovisual e atividades interativas o jovem empreendedor, que é conhecido como um dos principais nomes da aviação mundial.
“Destacamos o lado poético e artístico de Santos Dumont, daí o título ‘Poeta Voador’. Ele era um homem de ciências que se inspirava na arte. Foram as histórias de Júlio Verne, por exemplo, que o despertaram para o sonho de voar. Na exposição, mostramos que exercitar a criatividade é uma forma de impulsionar descobertas”, conta Gringo.
Dividida em cinco ambientes, a mostra apresenta a evolução das criações de Santos Dumont. Logo na entrada do museu, a réplica do 14 bis, que completa 110 anos do seu primeiro voo este ano, inicia a viagem pela vida do aviador.
Ainda na exposição, o público pode ter a sensação de voar em uma de suas invenções por meio de uma edição de vídeo. Para isso, foi escolhido o mais completo dos aviões criados por Dumont, o Demoiselle, cuja réplica em tamanho real fica na sala principal. A bordo do avião, o visitante faz um voo virtual pela Paris e pelo Rio de Janeiro do início do século 20.
Um documentário exibe a história de Santos Dumont desde a infância em Minas Gerais até sua fase adulta. A exposição também mostra um outro lado do inventor e aviador mineiro: ele também deu o que falar no mundo da moda. Criativo, Dumont usava o famoso chapéu Panamá, ternos de risca de giz e roupas que foram copiadas ao redor do mundo.
Reportagem Bruna Motta