Por karilayn.areias
Miriam Freeland aposta na sensibilidade para interpretar a prostituta Raabe, na novela 'A Terra Prometida'Divulgação

Rio - É com a mesma coragem da sua personagem em ‘A Terra Prometida’, a prostituta Raabe, que Miriam Freeland encara a vida. “Gosto de me desafiar, de reciclar, estudar. Fui da Record por oito anos, e em 2013 optei por não renovar contrato, precisava viver outras coisas. Voltei porque o convite para fazer essa personagem foi irresistível”, revela. A atriz afirma que a relação com a emissora sempre foi cordial e respeitosa. “Sair naquele momento foi o que precisava. Fui estudar e fazer outros projetos.Tanto saí bacana que tive o convite para voltar”.

Na pele de Raabe, a prostituta de Jericó, uma mulher forte, como ela mesma define, Miriam passa pela experiência da sua primeira novela bíblica e confessa que não foi exatamente fácil. “É uma personagem que te desafia. Um trabalho que exige sensibilidade para que fique crível, para que você toque o coração das pessoas. Nesse sentido está o sucesso da novela”, reflete a atriz, que investe na sensibilidade da personagem para valorizar sua história. “A delicadeza é importante para não cair em um lugar de pregação, um lugar que seja menos interessante”.

Raabe sobreviverá ao ataque de Jericó e vai fazer parte do povo hebreu. Ela e a família serão acolhidos depois de ajudarem os espiões hebreus a escaparem dos soldados adversários. “Deus a aceita, mas o povo ainda fica na dúvida. Ela é tocada pela fé e representa todos os que vivem à margem da sociedade. Deus acolhe, o preconceito vem dos homens”, esclarece a atriz.

Franca e inquieta, Miriam acumula projetos e trabalha com prazer. Além da trama na Record, ela está em cartaz com a peça ‘Casa de Bonecas’, do norueguês Henrik Ibsen, com direção de Roberto Bomtempo e Symone Strobel, em que atua e produz. O projeto também vira filme ainda este ano, com direção de Bomtempo, em parceria com o Canal Brasil. “O texto questiona as convenções sociais do casamento e o papel da mulher na sociedade, entre outras coisas”, conta.

Casada há 12 anos com Roberto Bomtempo, ela insiste que admiração e parceria são fundamentais para a longevidade de uma relação. “A paixão é efêmera. Parceria fica. Temos prazer em ficar, trabalhar juntos”, confessa ela, admitindo em seguida: “Como todo casal, às vezes, saem faíscas, mas somos generosos um com o outro”.

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