Por daniela.lima

Rio - Faltando menos de um mês para o Carnaval, o Império Serrano foi tomado por um clima de tristeza. Morreu, neste sábado, aos 93 anos, Sebastião de Oliveira, o Molequinho, compositor, presidente de honra e último remanescente do grupo que fundou a tradicional agremiação de Madureira em 23 de março de 1947.

Molequinho (de branco sentado) era uma das figuras mais respeitadas do Carnaval. Na imagem, ele aparece ao lado de amigos e familiares durante seu aniversário de 88 anos, na quadra do ImpérioDiego Mendes / Divulgação


Nome fundamental na política da escola, Molequinho é irmão de Tia Eulália e Tia Maria do Jongo, duas grandes damas da Serrinha. Na casa da família foi montada a primeira sede do Império (Rua Balaiada, 133), num dos acessos do morro. O outro irmão dos bambas, João de Oliveira, foi o primeiro presidente. E o primeiro título veio logo em 1948.

Anos depois, Molequinho comandou a agremiação em 1959 e, mais tarde, em 1969 e 1970. Nos anos 80, participou de shows com a Velha Guarda ao lado de ícones como Tio Hélio, mestre Fuleiro e Nilton Campolino.

Devido à idade, estava afastado dos desfiles da Sapucaí e morava na Vila da Penha, na Zona Norte, onde morreu às 10h deste sábado. A causa da morte não foi informada pela família. Em 26 de maio de 2012, Molequinho recebeu uma homenagem na quadra durante a reinauguração do espaço.

Ex-vice-presidenta da agremiação, a escritora e filóloga Raquel Valença lamentou a morte do baluarte. "O Império deve muito ao Seu Molequinho. Foi nosso fundador, sempre esteve muito presente e comandou a escola em muitos momentos difíceis. É uma geração que vai embora. Uma figura insubstituível."

Você pode gostar