Por bianca.lobianco

Rio - Em cada baluarte, um pouco da história do samba. E em cada experiência, a esperança de preservar as raízes do Carnaval. Foi este pensamento que conduziu um grupos de veteranos para a criação do movimento Baluartes do Samba, que tem como enredo a união de personalidades e pioneiros de todas as agremiações. Além disso, outra meta é alertar para as necessidades dos integrantes das velhas guardas e baianas.

O grupo pretende promover encontros, palestras e atividades que valorizem a cultura e que permita aos mais jovens conhecerem as histórias que definem os ilustres personagens e o próprio samba. Mas um manifesto também está sendo divulgado na internet para estabelecer medidas para preservar a tradição. Entre as sugestões, estão a criação de critérios para o ingresso nessas alas, como idade mínima e experiência no mundo do samba. Outros pedidos são a promoção de encontros entre sambistas veteranos e mais jovens, numa troca de experiências.

Grupo vai promover encontros%2C palestras e atividades culturais Gláucia Melo / Agência O Dia

“O objetivo é unir mais as pessoas, promover atividades que integrem as velhas guardas. Queremos criar uma associação que preserve os baluartes. Temos muito o que mostrar a essa garotada que vai nos substituir amanhã”, disse um dos fundadores da Associação de Velhas Guardas das Escolas de Samba, Sérgio Contentino dos Santos, o Sebinha, de 74 anos, a maior parte deles dedicados ao gênero.

“Queremos fazer seminários, buscar mais parcerias nas escolas. E até pedir algumas mudanças para que se tenha mais respeito pela terceira idade, como atendimento médico nos eventos e desfile dessas alas mais no início das escolas, para diminuir o cansaço, por exemplo”, disse o presidente da Associação de Alas das Baianas, Rodson Lourenço. Ele pretende conseguir apoio das agremiações e da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) ao movimento.

O presidente da Liesa, Jorge Castanheira, afirmou que toda sugestão é bem-vinda, desde que seja para somar. “Tratamos deles com muito carinho e cuidado, colocando ambulâncias, médicos e maqueiros, tanto nos desfiles, como nos ensaios técnicos. Há cinco anos, também começamos a oferecer lanches no final dos eventos, para repor a glicose perdida como o esforço. A raiz forte do samba são os baluartes”, disse Castanheira.

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