Rio - A Mangueira não demorou para oficializar o novo comando da bateria Tem Que Respeitar Meu Tamborim. Após a dispensa de mestre Ailton, o presidente Chiquinho da Mangueira acertou a contratação de Vitor Art para o posto de comandante dos ritmistas da Verde e Rosa ao lado do parceiro Rodrigo Bocoia (Vitor será o 1º diretor e Rodrigo o 2º). A novidade foi divulgada nesta segunda-feira e surge como mais uma ação do dirigente de valorizar as pratas da casa. Há 20 anos na agremiação, o novo mestre não esconde a felicidade em realizar o sonho de infância, mesmo tendo sido pego de surpresa com o convite.
"É muito gratificante para mim. Estou realizando um grande sonho, é algo realmente muito emocionante. Fico muito feliz no sentido de estar chegando num lugar onde sempre sonhei e também de reunir amigos e pessoas que estão comigo desde o meu começo na Mangueira. Não esperava que isso fosse acontecer neste momento, até por estar me dedicando a uma vida de projetos na música fora do Carnaval também. Agora surge esse turbilhão de coisas. Mas é como disse, estou realizando um grande sonho e acredito que essa oportunidade dada pelo Chiquinho será muito bom para todos os mangueirenses", disse.
Aos 27 anos, Vitor vive um momento mais que especial. Vivendo a expectativa do nascimento da filha Nina, o músico terá agora uma jornada dupla de trabalho. O momento 'papai' vai se dividir junto ao sonho de infância nas duas situações mais impactantes na vida do mangueirense: "São as coisas mais importantes da minha vida. Em primeiro lugar o nascimento da minha filha, que é algo novo para mim. E agora essa função como mestre. É realmente uma fase iluminada".
A chegada ao posto de mestre, no entanto, não parece fechar os olhos de Vitor para o momento da Mangueira. Mesmo radiante com a novidade, o comandante tem ciência da importantíssima fase da Verde e Rosa. Indo para o segundo desfile sob a gestão do presidente Chiquinho, a escola continua na busca do reencontro com a era de ouro no Carnaval.
"O momento da Mangueira é realmente de renovação. E o mais importante de tudo é saber que ninguém é maior que a escola. O Chiquinho tem valorizado muito o pessoal da casa. Nossa diretoria de bateria mesmo é toda formada na escola. Esse resgate do nosso material humano é importante demais para a gente. O presidente tem nos proporcionado algo que deixa todos os mangueirenses muito felizes", analisou.
Nas primeiras palavras como mestre de bateria, Vitor faz questão de exaltar a realização de toda uma era na Mangueira. Mesmo já tendo sido diretor de bateria nas gestões dos mestres Marrom e Russo, o músico vê o momento atual com a emoção à flor da pele: "Eu acredito que todo menino que entra numa bateria acaba tendo esse sonho de ser mestre. Chegar nesta função é algo que veio para coroar".