Por nicolas.satriano

Rio - Plumas, paetês e muito strass. É com todo esse esplendor que os candidatos do concurso do Baile Glam Gay, que faz sua primeira edição nesta quarta-feira na quadra da Mangueira, pretendem conquistar os jurados o público.

A festa — que terá como júri o promoter David Brazil, a apresentadora Elke Maravilha, a atriz Rogéria e a escritora Samile Cunha —, voltada para o segmento LGBTS, quer retomar o glamour dos grandes bailes de Carnaval e entrar de vez no calendário da cidade. Na competição, três categorias serão julgadas: luxo, originalidade e boneca, com desfile de biquíni. Os ganhadores levarão troféu e prêmio de R$ 1 mil.

Os veteranos Carlinhos Bragança (roxo) e Silvinho Fernandes (amarelo) vão disputar com o organizador Rodrigo LeocádioFernando Souza / Agência O Dia

A experiência de décadas como destaque de alegoria nas escolas de samba promete ser o diferencial para dois candidatos ao título de fantasia luxo masculino. Carlinhos Bragança, de 58 anos, e Silvinho Fernandes, 54, já disputaram tradicionais concursos e afirmam que confeccionar seus próprios figurinos faz toda a diferença. “Há figurinos que levam mais de três meses para ficar prontos”, contou Carlinhos. “Sempre desfilei com fantasias que fiz e foi tudo do meu próprio bolso”, destacou Serginho.

O produtor do baile Glam Gay e destaque da Mocidade, Rodrigo Leocádio, 35, já gastou em um figurino, o equivalente a um carro popular. “É muito investimento, mas ver o trabalho pronto compensa”, declarou Rodrigo, que aposta que o novo baile será o evento mais bombado no Carnaval. “Estamos sem baile com concurso de fantasia há três anos. Esse evento se perdeu, principalmente, porque as últimas edições não tinham credibilidade”, apontou o produtor.

A ideia de criar o baile foi do carnavalesco Milton Cunha. “Faremos uma grande festa da alegria, numa escola de samba que é sempre amigável com a comunidade LGBT”, justificou Milton.

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