Rio - Conta a história que os bailes imperiais portugueses eram regados a luxo e requinte. Neste cenário, a vida e trajetória de Cândido José de Araujo Viana, o Marquês de Sapucaí, que dá nome à avenida dos desfiles, será contada pela Beija-Flor. Para isso, uma das surpresas que a escola de Nilópolis vai levar para o Sambódromo é um carro alegórico totalmente teatral.
A Cia Porto de Memórias trocou o palco pela Passarela do Samba. Noventa e oito atores vão encenar um baile da Corte. A ideia veio de Selminha Sorriso, porta-bandeira da escola, que atuou no teatro dirigida por Alexei Waichenberg, diretor teatral da companhia que vai atuar na Sapucaí . “Ela me apresentou aos dirigentes e daí as coisas aconteceram”, contou Alexei. “Ele é o Laíla dos palcos”, disse Selminha.
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O baile será representado com uma peça criada para o desfile. “Traremos para este carro tudo que existia no baile naquela época. Todos os personagens estarão representados, músicos, os serviçais e toda a Corte estarão no carro”. Alexei confessou estar ansioso para sua estreia na Avenida. “É um grande desafio. Nunca imaginei dirigir uma peça de teatro em um desfile de Carnaval.
O samba está na ponta da língua, garante Alexei. “A música do nosso baile é samba. E samba é Beija -Flor. Os atores aprenderam a letra”.
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O carro alegórico será a quarta alegoria do desfile da Azul e Branco de Nilópolis, que vai desfilar no domingo de Carnaval. Com um enredo bem brasileiro, a escola vai homenagear e contar a trajetória do escritor, poeta, músico, escritor, político e braço direito de D. Pedro II. “É uma homenagem muito justa a esta figura íntegra e brasileira que dá nome à rua da passarela do samba”, afirma Fran Sérgio, carnavalesco da escola. Os atores estão ansiosos para o desfile. “ É tudo muito diferente. Pareço uma criança em um conto de fadas”, contou o ator Phil Morretzsohn,27, que vai desfilar pela primeira vez.
