Por karilayn.areias

Rio - Dias nublados não combinam com Klebber Toledo, o Leonardo de ‘Império’. Nem o fim do namoro de três anos com Marina Ruy Barbosa é capaz de fazer sombra ao seu jeito solar. Pudera. Em sua estreia no horário nobre, o ator, de 28 anos, faz par romântico com ninguém menos do que o maior galã da TV brasileira: José Mayer.

O resultado é uma química perfeita. Não por acaso, Leonardo e Cláudio formam o casal do momento. “Eles têm química, uma coisa bem máscula, uma energia masculina forte. E isso acontece porque existe uma troca entre mim e o Zé. Quando vamos fazer as cenas, estamos ali para amar de verdade, para olhar no olho e fazer acontecer. Fico feliz que achem que a gente tem química. Se é um termo usado para dizer que o casal funcionou, que ótimo”, comemora.

Klebber Toledo%3A 'Quando vamos fazer as cenas%2C estamos ali para amar de verdade%2C para olhar no olho e fazer acontecer'André Luiz Mello/Agência O Dia

O aparente momento de glória, na verdade, é de profunda contradição. Justamente quando ganha um papel de destaque em uma novela das nove, Klebber encara o luto de uma perda. Nada que tire o brilho do galã, que não deixa o sorriso e a gentileza de lado para falar com exclusividade para a Já É! Domingo sobre os últimos acontecimentos na sua vida afetiva. “Separação é separação, mas foi uma história linda, de muito amor, de muito carinho”, afirma. E por que uma história linda chega ao fim?

“Porque tudo tem início, meio e fim. Não tenho nada de ruim para falar da Marina. Ficou uma amizade. O sentimento e o carinho são eternos. Quando a gente vive uma coisa boa e é feliz, isso fica guardado dentro de você para sempre”, confidencia. Reconciliação, no entanto, é uma palavra que não foi pronunciada pelo galã, que é do tipo que prefere deixar o futuro acontecer. “A gente nunca sabe o dia de amanhã. Mas eu não vivo o dia de amanhã, vivo o hoje. E o hoje é trabalho”, afirma.

No campo profissional, Klebber vem colecionando ganhos, não perdas. O menino que foi criado em um sítio em Bom Jesus dos Perdões, interior de São Paulo, chegou lá. Ele saiu de casa aos 15 anos em busca do sonho de ser jogador de vôlei. O seu caminho, no entanto, não seria o dos saques e, sim, o das cenas. Depois de trocar as quadras pelos palcos, trabalhou como garçom, animador de festas infantis e barman para garantir o sustento, já que, naquele tempo, a carreira de ator não lhe dava dinheiro algum. “Quantas e quantas vezes, eu fiz peças de teatro sem ganhar um centavo. Eu já paguei para trabalhar e não me arrependo. Queria ser ator, não uma celebridade. Já o Leonardo optou pela carreira artística para aparecer”, frisa.

Klebber Toledo colhe os frutos da química com José MayerAndré Luiz Mello / Agência O Dia

Talvez por isso, o personagem da trama de Aguinaldo Silva esteja conhecendo o fracasso, não o sucesso. “As coisas não são fáceis nessa profissão, é preciso estudar e se dedicar muito”, comenta. A má fase de Leonardo se completou ao ser dispensado pelo amante, Cláudio, que preferiu colocar um ponto final no relacionamento de dez anos a correr o risco de ver a sua intimidade ser revelada no blog de Téo Pereira (Paulo Betti).

“O Leo se sentiu usado, traído. O Cláudio é o único homem da vida do Leonardo, que antes dele só se relacionava com mulheres. Traição é uma coisa que eu acho triste, uma pena”, analisa. “Sempre sou fiel. A porta da tentação tem que estar sempre fechada. Isso é um respeito não só com o meu sentimento como com a pessoa que você ama. Como você vai fazer mal a quem ama?”, questiona.

Viver uma relação a três também é carta fora do baralho para Klebber. “Para o Léo, o Cláudio e a Beatriz (Suzy Rego), que sempre soube da bissexualidade do marido, esse triângulo funcionou bem, mas eu não dividiria um amor. Sou conservador nesse sentido. É tão bonito, tão interessante, se dedicar a uma só pessoa, a uma relação. É especial ter alguém”, acredita.

O discurso sensível e romântico do ator parece até um indício de que os seus dias de solteiro estão contados. “Nesse momento, encontrar um novo amor não é prioridade para mim, não é o meu foco”, garante. Mas viver sozinho, definitivamente, também não combina com Klebber.

“Solidão não vai fazer parte da minha vida, nunca. Felicidade só é felicidade quando é compartilhada. É impossível ser feliz sozinho. Você pode se bastar por alguns momentos, mas não para sempre. Só que, agora, estou ao lado dos meus amigos e da minha família”, conta. Não por acaso, criar a própria família é um desejo. “Quando o coração disser que é isso, vou querer casar e ter filhos.”

Pelo menos o perfil de mulher ideal, Klebber já tem. “Gosto de mulher com bom humor, objetivo de vida e inteligente. A inteligência me atrai porque gosto muito de conversar, de trocar ideias”, explica. O quesito beleza não conta? “Não vou ser hipócrita, a gente admira uma mulher bonita, mas, para manter uma relação, a pessoa precisar ser muito mais do que um rosto e um corpo bonito”, diz.

Tranquilo, Klebber não tem pressa para encontrar uma nova musa e, enquanto a sua energia está voltada para o trabalho, que inclui ainda a série ‘Ato Falho’, que vai entrar no ar em breve no portal Gshow, ele prefere seguir sua vida de solteiro longe da badalação.

“Não tenho necessidade de sair, de ir para noitada. Sou caseirão. Gosto de estar com meus amigos, bater papo, tomar um chope, um vinho, fazer uma massa.” E que ninguém imagine que o ator não está em paz. “A gente sempre tem que ver o lado bom das coisas e seguir em frente, independentemente do que pode estar acontecendo à nossa volta. Estou muito bem. Tenho a alegria de amar a vida. Tristeza para quê?”

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