Rio - Manu Gavassi é um misto de menina, mulher e estrela ascendente. Recém-chegada em ‘Malhação’ e ídolo teen desde que se lançou como cantora e compositora, a jovem paulistana, de 21 anos, está de volta às origens. Surpreendentemente, a artista, que tem 1,6 milhão de seguidores no Twitter, não pisou no palco pela primeira vez acompanhada de um violão. Foi a arte de representar que a arrebatou ainda na infância.
“Pouca gente sabe, mas faço teatro desde criança. Não caí de paraquedas na novela ‘Em Família’, nem fui convidada só porque a Paulinha era cantora. A música aconteceu mais cedo na minha vida, por acaso, por alguma questão do destino. Mas o meu lado atriz falou mais alto esse ano”, diz.
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Reza a lenda que não se foge do que está escrito, mas dar uma mãozinha para o universo faz parte do show. E Manu sabe disso. Quando ainda gravava a novela ‘Em Família’, ela procurou um produtor de elenco de ‘Malhação’ e manifestou o desejo de integrar a novela na temporada que iria estrear em julho. Demorou, mas ela chegou lá. “Era o meu sonho fazer ‘Malhação’. Tem tudo a ver comigo e com o meu público. E a Vicki é ousada, provocativa, meio vilã. Estou adorando fazer! Mas não abandonei a música, estou compondo e vou lançar um EP no ano que vem”, conta.
Apesar das canções estarem presentes no dia a dia de Manu, fazer uma turnê nos próximos meses é algo impensável, por conta das gravações da atração. De fato, vai longe o tempo em que ela viajava pelos quatro cantos do Brasil abrindo os shows da banda Rebeldes, que tinha Chay Suede entre os integrantes. De lá para cá, muita coisa mudou na vida da jovem. Até o romance com Chay, acompanhado como uma espécie de novela romântica pelos fãs, é coisa do passado. Autêntica, a artista não usa nenhum tipo de discurso pronto para falar sobre o ex, que brilhou como o José Alfredo da primeira fase de ‘Império’.
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“Se eu falar que sou amiga do Chay, é mentira. A gente não é amigo. Não temos mais nenhum tipo de relação, não nos falamos mais. Tem relacionamento que simplesmente acaba. Foi bom, foi incrível, mas acabou”, constata.
Os caminhos seguem em direção contrária, mas ainda resta pelo menos uma certa admiração profissional. “É claro que fiquei muito feliz com o sucesso do Chay em ‘Império’. Ele merece, é muito talentoso”, elogia. Mas essa admiração também tem limites. Quando ainda namorava Chay, Manu declarou em uma entrevista que compraria um CD dele mesmo que já não estivessem mais juntos. Agora, não é bem assim que a banda toca. “Comprar CD do ex já é demais (risos). Não precisa disso, né? Mas, se a música dele estiver tocando na rádio, não vou mudar de estação”, afirma.
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Sem namorar há cinco meses, Manu nega ter vivido um relacionamento com o ator e cantor Fiuk ou com quem quer que seja. “Estou solteira. Tentaram me arranjar um namorado de qualquer maneira, mas estou sozinha, na seca mesmo. Namorei bastante tempo, então, sozinha, estou me descobrindo de novo. Senti que precisava desse tempo só para focar no meu trabalho, focar em mim”, analisa, complementando: “Sou difícil de me apaixonar, não sou o tipo de garota que emenda um namoro no outro. Muito pelo contrário. Mas, quando eu gosto, eu gosto mesmo. Faço tudo pela pessoa, até loucuras de amor, como pegar um avião e ir para o outro estado só para ver o cara por quem eu estava apaixonada.”
E que tipo de homem faz a cabeça da intérprete da Vicki de ‘Malhação’? “Eu gosto de caras que você não lê de primeira, que têm coisas para te ensinar, de quem você quer saber mais. E eu também tenho que querer mostrar mais de mim para esse cara. O mais legal numa relação é a troca”, avalia. O discurso da atriz e cantora dá margens a supor que existe a possibilidade de ela vir a se interessar por homens mais velhos. “Não tem a ver com idade, tem a ver com o pai por quem a gente foi criado. Meu pai é muito culto, sempre me ensinou muito, essa é a referência que eu tenho de homem”, observa.
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E, apesar do fim do namoro com Chay já estar superado, uma dor de amor é sempre bem-vinda para Manu. O motivo? “Eu acho muito melhor compor triste do que feliz. Quando estou na m... é melhor ainda para escrever. E já sofri um pouco por amor, sim. Sou bem romântica”, confidencia. Mas esqueça as referências óbvias que remetem a uma menina apaixonada. “Sou uma romântica pé no chão, não uma brega. Sou realista. Eu acho que se vive vários amores na vida. Não sei se acredito em alma gêmea, em príncipe encantado, em casamento. Eu acho muito chato aqueles filminhos de amor, aí as minas assistem comendo chocolate e lamentando, porque não existe um amor desses na vida real. Porque isso não é a vida. Aquele do filme não existe, não é um homem, é um príncipe encantado”, constata.
E como Manu é moderna e complexa, engana-se quem imagina que ela não se vê formando uma família. “Penso muito em me casar, em ter filho. Mas não acho que o amor vence tudo. Você pode se apaixonar, se desapaixonar, pode amar uma pessoa loucamente, ser feliz por vários anos, assim como os meus pais (José Luiz e Daniela) foram, e depois seguir caminhos diferentes. Que legal se a pessoa consegue encontrar um companheiro para a vida inteira, mas muitas vezes a relação não dá certo e isso não é o fim do mundo, é a vida”, analisa.
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História de superação
Manu Gavassi vem escrevendo o seu nome mais pelo talento do que pela beleza, mas ela reconhece que ser bonita abre portas. “Infelizmente, nesse meio, beleza ajuda, é meio que um cartão de visita. Mas eu não sou bonita, não. Pega uma foto minha com 12 anos que você vai ver. Minha irmã (Catarina) diz que eu sou uma história de superação. Nunca achei que ser bonita era minha maior qualidade. Eu sei que sou engraçadinha, que falo bem, que canto, atuo. E tem muita gente nesse meio que é só bonita”, critica.
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