Por roberta.campos

Rio - Pouca gente sabe, mas nem sempre Leandro Hassum foi esse comediante alegre que o público está acostumado a ver na TV. Aos 21 anos o ator enfrentou um drama, quando viu o pai ser preso por tráfico internacional de drogas. Em entrevista à revista “Trip” deste mês, ele quebrou o silêncio e lembrou o episódio.

“Sempre tive uma relação boa com meu pai. Não gosto muito de falar desse assunto. O maior respeito que tenho por meu pai foi que, até ele ir preso, ele fez questão de nos preservar. Não sabíamos de nada. Para nós, meu pai era um empresário bem-sucedido que de repente... Eu tinha 21 anos. Visitei meu pai na cadeia. Tivemos discordâncias de convívio e me afastei”, conta.

Leandro HassumDivulgação / Revista Trip



Mas, apesar de todos os problemas, o humorista revelou que o relacionamento entre pai e filho melhorou muito com o tempo. O pai de Hassum veio a falecer de enfarte uma semana antes de o ator fazer a cirurgia bariátrica, em novembro, que o fez perder 35kg de lá para cá.

“No final da vida, estávamos juntos, ele em casa, com minha mãe. Estava bem. Sempre teve carinho pela minha mãe, sempre tive respeito por esse homem que meu pai foi. Discordava muitas vezes da forma de ele pensar, como ele discordava da minha. Não éramos próximos, mas respeitava muito. Tive uma sensação muito louca quando ele morreu, e até hoje tenho, um cara tão forte, dono de uma verdade dele, que até hoje é difícil de acreditar. Sofreu um enfarte em casa, uma semana antes de eu operar. Morreu uma semana depois. Sentiu dores e achava que era dor de estômago. Tive de ligar para ele para convencê-lo a procurar o médico. Quando chegou lá, não o deixaram sair. Estava enfartado. Tinha 74 anos. O problema do meu pai era o cigarro, era sedentário”, conta.

Mesmo tendo perdido o pai por conta do cigarro, Hassum assumiu que faz uso do tabaco e que também é a favor da legalização da maconha no país.

“Sou a favor da legalização da maconha. Os países desenvolvidos estão fazendo isso. Não fumo, não tenho vontade, mas sou a favor. Minha droga é o cigarro. Mas tenho medo se, com a corrupção do jeito que está, será para o bem ou usado para outros fins”.


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