Por daniela.lima

Rio - O dia parece ter menos de 24h para as gestantes que têm que cuidar da casa, do trabalho e do visual. E foi pensando em dar um help para essas futuras mamães enlouquecidas com a falta de tempo para montar o enxoval que Marina Xandó, 33 anos, especialista em assuntos de maternidade, criou o projeto Concierge Maternidade Ask Mi, que inclui reuniões e dicas sobre produtos, lojas, roupas e profissionais da área durante toda a gravidez . Além de dividir suas experiências no blog Ask Mi. 

Marina Xandó e Deborah Secco%3A objetivo do trabalho é mostrar o que o bebê vai precisar e evitar o desperdícioReprodução Internet

Deborah Secco, Patrícia Abravanel e Mirella Santos são algumas famosas que já receberam consultoria de Marina. “A Patrícia não tinha muito tempo para ver as coisas, então a acompanhei em lojas, fiz indicações de lembrancinhas para chá de bebê, maternidade”, Conta Marina, que explica que seus serviços custam a partir de R$ 1.800.

Mãe de pequena Maria Vitória, de 4 anos, Marina revela que seu principal objetivo é explicar sobre cada produto que o bebê vai precisar e evitar o desperdício. Para as mamães que não podem contratar seus serviços ou comprar o enxoval no exterior, ela dá boas dicas: “O ideal é procurar sites que dão descontos, tem muita loja que oferece promoções e o enxoval sai muito em conta. O importante é sempre pesquisar. Entrar em grupos de mães na internet e tirar dúvidas com as amigas que acabaram de ter filhos também é uma ótima forma de aprender”.

Como conselho valioso, Marina sugere que as grávidas façam o curso de amamentação. “Para mim, valeu muito a pena”. Mas ela critica quem é fissurada por excesso e sai comprando tudo que vê pela frente. “Cada família tem um estilo de vida, então pode não funcionar comprar um carrinho que todos estão usando”.

Com alta do dólar, as mamães já podem pensar em outro roteiro para montar o enxoval. “Acho que a partir do quinto mês, as grávidas já podem ir às compras. Hoje, está compensando mais comprar na Europa. Sempre aconselho Paris para isso. Para as que não podem viajar sugiro que visitem algumas confecções, comprem em outlet”, indica.

A assessoria de Marina é 24h, via WhatsApp, e tem ajudado muitas mães de primeira viagem. “A Deborah Secco estava ansiosa no início. Ela quer tudo tradicional, vai colocar amarelo na filha no primeiro dia e as duas vão sair da maternidade de vermelho”, anuncia.

Veja a entrevista completa:

Por que você resolveu montar o Concierge Maternidade Ask Mi?

M: Eu já tinha o blog Ask Mi onde falava de lifestyle, dava dicas para gestantes, crianças. Aí percebi que muitas mulheres tinham listas prontas para o enxoval, mas isso não era suficiente para elas entenderam cada produto, qual marca é melhor, qual o carrinho mais adequado para seu estilo de vida. Aí comprei um enxoval completo nos Estados Unidos e na Europa e montei um showroom, em Itaim Bibi, São Paulo, onde faço as reuniões com as demonstrações. O concierge não se resume só nos produtos, mas nas necessidades que as grávidas têm até o bebê nascer.

E como você atende grávidas que não moram em São Paulo e as que não podem sair de casa?

M: Faço as consultas por Skype muitas vezes. No primeiro encontro, sempre explico sobre cada produto. Falo da diferença dos valores dos produtos em cada país, indico lojas baseado no local que a cliente quer comprar. Tenho uma parceria com mais de 20 lojas em vários setores e muitas dão descontos. Também vou com as gestantes às lojas.

Como são os seus pacotes de consultoria?

M: São dois tipos de pacote. O valor é a partir de R$ 1.800. Um pacote inclui duas reuniões, onde traço o perfil da grávida de acordo com sua necessidade. Depois entrego um caderno com todas as informações que ela vai precisar, dicas de babá. O outro tem quatro reuniões e mais a consultoria. Também assessoro as mulheres até o nascimento do bebê. Fico 24h no Whatsapp tirando dúvidas.

Você falou que já prestou assessoria para famosas. Como foi?

M: A Patrícia Abravanel não tinha muito tempo para pesquisar as coisas, então a acompanhei nas lojas, dei indicações de lembrancinhas para chá de bebê, maternidade, profissionais para ajudar na amamentação. Ela escolheu o pacote mais abrangente. A Deborah Secco está superanimada, me contratou para eu ajudá-la. A Deborah me pediu tudo mais tradicional, que deixar a filha bem princesa. Ela vai colocar roupinha amarela no primeiro dia da bebê e as duas vão sair de vermelho da maternidade.

E você acha válida essa superstição de o bebê sair de vermelho da maternidade para espantar o mau-olhado?

M: Sou tradicional. Sempre digo que acho legal colocar amarelo no primeiro dia de vida da criança porque significa riqueza no sentido mais amplo da palavra. E o vermelho na saída eu acho bacana porque tem essa coisa de espantar o mau-olhado. Assim também as pessoas podem diversificar os tons das roupinhas.

Quantos anos você tem? Tem filhos? Por que se considera uma expert em maternidade?

M: Tenho 33 anos e uma filha de 4 anos, Maria Vitória. Eu sou muito curiosa, viajo muito para ter informações para levar para as leitoras do blog. Também testo bastante coisa, sou uma curiosa nata, também sou antenada. Ajudei muitas mães já. Além desse serviço, também atuo como advogada.

O que você acha muito necessário as mamães terem e o que acha desnecessário:

M: Essencial: Babá eletrônica, boa mamadeira, esterilizador de mamadeira, arrumar os móveis do bebê de forma funcional e deixar a mala da maternidade pronta a partir do 8° mês. O que acho desnecessário: Aquecedor de mamadeira para carro, termômetro de mamadeira, excesso de roupinhas, festa com bolo e champanhe na maternidade e diversas idas às feiras de gestantes.

O que deve ter na mala que as mulheres levam para a maternidade?

M: No mínimo, quatro jogos de roupas para o bebê, peças para três trocas de roupa para a mãe, três sutiãs de amamentação, absorvente noturo, que muitas mulheres esquecem. Acho muito importante levar uma máquina fotográfica, porque as fotos de celular nem sempre saem legais. Também indico levar maquiagem, o enfeite para a porta do quarto com o nome do bebê e um livro de assinatura os amigos registrarem a visita.

E o que você acha das pessoas que estão fazendo verdadeiras festas nas maternidades?

M: Sou a favor da confraternização desde que não seja uma festa com bolo, champanhe, whisky. Levar bolo não é algo prático, faz uma bagunça. Acho legal distribuir bem-nascidos e lembrancinhas.

Aconselha as mamães receberem visitas na maternidade ou em casa?

M: Eu acho melhor na maternidade, porque tem muita profissional para te dar suporte. Mas tem gente que prefere receber em casa. Nas duas primeiras semanas eu não acho bacana.

A partir de que mês da gestação as mães podem ir às compras?

M: Depois do quinto mês. Mas a Deborah Secco, por exemplo, estava supersansiosa, ganhou muitos presentes. descobriu o sexo muito cedo. Uma dica bacana pra quem ganha coisa repetida é trocar por algo diferente ou repassar para alguém que esteja necessitando.

Com o dólar em alta, acredita que ainda compensa comprar o enxoval no exterior?

M: Está compensando mais na Europa. Sempre aconselho as compras em Paris, onde as pessoas acham tudo que estão precisando com muita facilidade. Para as que não podem viajar sugiro que visitem algumas confecções, comprem em outlet. Minha dica é simplificar. Investir no que vale a pena, num bom carrinho, na roupinha da maternidade e nos móveis do quarto do bebê.

Indica algum livro de instruções ou cursos para as grávidas?

M: Adoro ler, mas essa é uma questão pessoal. Eu acho que o melhor jeito de pegar dicas é com as amigas que acabaram de ter filhos, ou em grupos de mães na internet. Sobre o curso, indico o de amamentação. Fiz na minha casa e valeu muito a pena.

Algumas pessoas reclamam das feiras de gestantes. O que você acha delas?

M: Algumas realmente não valem a pena, mas depende do objetivo da pessoa. As feiras boas são as que, geralmente, são fechadas para o grande público. São feiras em que as marcas promovem para mostrar seus lançamentos. No Brasil, existem muitas confecções que fazem roupas para as marcas, tem que pesquisar, pedir promoções. Quando me contratam, as clientes acabam ganhando tantos descontos nas lojas que o valor pago compensa pela quantidade de abatimento que teve no valor das compras.

Quantas grávidas você atende?

M: Pego, no máximo, duas novas por mês. Porque esse é um atendimento muito exclusivo. Em setembro, vou ao Rio. Vou aproveitar para fazer uma visita a Deborah Secco para organizar algumas coisas.

E o que você acha das pessoas que ficam com muitas pessoas em casa ajudando nos primeiros dias com o bebê?

M: Isso varia de acordo com a vida de cada mãe. A Deborah, por exemplo, não quer babá, enfermeira. Não quer ninguém porque ela quer curtir a maternidade em tempo integral. 

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