Por tabata.uchoa
Rocco Pitanga em cena de ‘Os Dez Mandamentos’ Divulgação

Rio - Ser rei é privilégio de poucos, mas Rocco Pitanga, 35 anos, sabe bem o que é ocupar esse posto. E em dose dupla. Na novela ‘Os Dez Mandamentos’, é Jahi, a majestade do povo núbio, que tem uma legião de súditos aos seus pés e só perde em matéria de poder para o soberano Ramsés (Sérgio Marone). Longe dos holofotes, sem coroa ou trono, o ator tem seu reino particular, com direito a duas princesas: Amanda, 11 anos, e Bruna, 10.

“Minhas filhas me tratam como rei, então sou rei em casa e na novela. Sou um ‘pãe’ muito feliz. Acho que é destino dos homens da família Pitanga assumirem esse papel de pai e mãe”, diz, em referência ao pai, o ator Antônio Pitanga.

Há um ano e quatro meses, Rocco viu a sua vida mudar ao receber a notícia de que a ex-mulher, Claudia Cunha, havia morrido após sofrer um ataque cardíaco. Sem pensar duas vezes, o ator foi para Brasília buscar as suas meninas, que moravam lá.

“É preciso ter força para ser ‘pãe’, mas elas me reciclam. Apesar de ser difícil lidar com as questões femininas, é muito gostoso. Sou aberto, converso sobre tudo com elas porque tive uma mãe ausente, mas não perdi uma mãe para a morte. Procuro ser um ser humano melhor a cada dia por amor às minhas filhas, para que elas sejam pessoas corretas e positivas. Acredito na física, na lei da ação e reação”, comenta.

É mais ou menos nesse lugar que transita a religiosidade do intérprete do Jahi, de ‘Os Dez Mandamentos’. “A minha religião é fazer o bem. Nunca li a Bíblia, não fui batizado. Meu pai foi muito generoso em deixar que eu e a Camila (Pitanga) escolhêssemos o nosso caminho. Mas respeito todas as religiões que têm uma mensagem bonita, positiva”, frisa.

A pouca intimidade com a temática bíblica não distancia Rocco de um traço da personalidade de Jahi, que é um guerreiro e luta para vencer os hebreus na batalha que travam há tempos. “Somos todos guerreiros. Viver é um ato de coragem. Estamos em constante guerra pela sobrevivência, pela superação. Evolução é ser melhor hoje do que se foi ontem”, observa, complementando: “A crise que o Brasil e o mundo atravessam nos torna ainda mais guerreiros”.

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