Rio - Vários singles, música em abertura de novela, fama na internet, shows lotados. Guilherme Aparecido Dantas, 23 anos, o MC Guimê, toma o caminho inverso e só agora, depois de passar por todas essas etapas, anuncia seu primeiro CD, ‘Sou Filho da Lua’, a sair no segundo semestre, “talvez até setembro, mas esse ano sai”, diz. O funkeiro de Osasco (SP) registrou muita coisa da gravação do disco em um mini-doc para o YouTube, ‘Nem Maior Nem Melhor’, com encontros com vários dos convidados do disco, como Mr. Catra, Cone Crew Diretoria e Negra Li.
A lista de participantes do CD ainda inclui Claudia Leitte, Marcelo D2, a funkeira Lexa, com quem ele namora há cinco meses, o projeto de música eletrônica Tropkillaz, os rappers Emicida e Rael da Rima e os funkeiros MC Lon e MC Rodolfinho. Em ‘Gata Vim do Gueto’ (com Cone Crew) e ‘Cadê a Mina’ (com D2), Guimê une os dois gêneros musicais mais ouvidos por ele. “Sempre fui ligado na galera do rap, e também no funk. São dois estilos que marcaram muito para mim. Estamos juntos”, conta.
‘Sou Filho da Lua’, explica Guimê, vem de sua história de vida. “Desde crança eu era muito distraído, vivia no mundo da lua. Quando virei adulto, não foi diferente”, brinca. “Depois passei a trabalhar direto na noite. E na estrada, antes de dar uma cochilada, sempre dou uma olhada para a Lua. Coloquei na música-título um pouco disso, de acreditar em mim, de sempre olhar para a natureza, de ver algo positivo, agradecer a Deus”, conta o funkeiro, que é católico. Com 75% do corpo tatuado, ele diz já ter visto garotos com seu rosto tatuado na pele. “Meu diferencial é que minha história é verdadeira, os fãs podem acompanhar. Tem fã que andava comigo no começo e me acompanha até hoje. Tinha gente que falava mal de mim, que agia como concorrente... Mas ninguém é melhor que ninguém”.
Em ‘Gata Eu Vim do Gueto’, com participação da Cone Crew Diretoria, Guimê teve a produção de Papatinho, DJ do grupo. Papatinho já produziu faixas de Anitta em inglês e fez trabalhos fora do Brasil. Guimê sonha em estourar fora do país? “Tenho planos mas preciso aprender mais inglês”.
Preso com maconha em maio após um show em Nova Lima (MG), ele diz já ter superado e resolvido na justiça o assunto. “Foi desgradável, mas não foi duradouro, ainda bem”, diz Guimê. Perguntado sobre se é a favor da liberação da maconha ou não, diz que “ainda tem muita coisa importante para ser resolvida no Brasil”.
A namorada Lexa, ele conheceu gravando o clipe de ‘Fogo’, também no disco. Os dois já são noivos e em breve vão morar numa mansão que Guimê comprou por R$ 2 milhões em Alphaville, ponto chiue de São Paulo. “Era meu sonho morar lá. Fui criado na parte da quebrada de Osasco e via de longe os caras tendo carro, casa. A música foi me trazendo várias coisas. Fui escolhido por Deus”, crê.
