Por karilayn.areias
Patrícia PoetaDivulgação

Rio - Três anos depois de migrar do jornalismo para o entretenimento, Patrícia Poeta vive uma fase muito plena: ela tem um programa para chamar só dela, o ‘Caixa de Costura’, reality diário, às 19h, no GNT. “Não sou do tipo de pessoa que passou por algo e fica pensando naquilo. Pensando ou falando só do passado ou daquilo que quer fazer ou do que pode fazer. Curto o que estou fazendo, faço o possível e impossível. Sou dedicada desde a escola. Pego as duas mãos, fico muito focada no que estou fazendo. Não penso no que já fiz. Tenho orgulho. Penso: ‘Que bacana, já fiz isso e aquilo’. Não fico só pensando no passado ou no futuro. Penso no presente”, afirma a morena, quando perguntada se sente saudades da época que apresentou o ‘Jornal Nacional’, da Globo.

QUARENTONA

“Sou quarentona. Considero que estou em uma fase muito bacana, porque já tenho experiência no que faço, de vida. Ao mesmo tempo, bastante energia e vida pela frente. É uma combinação boa. Me sinto muito feliz. Tudo vem de dentro para fora”, comemora a gaúcha de São Jerônimo.

DINÂMICA DO PROGRAMA

Durante pouco mais de um mês, a jornalista precisou conciliar as gravações do ‘É de Casa’, da Globo, com a nova atração, que já finalizou. Em 20 episódios, Patrícia recebe em um ateliê três novos talentos da moda. O trio é desafiado em duas provas. A primeira é recriar peças clássicas e a segunda, criar uma peça do zero. E não bastasse isso tudo, os participantes ainda têm que correr contra o tempo e agradar o exigente gosto do júri profissional, formado pelos estilistas Isabela Capeto e André Lima. “Foi muito divertido conviver com o André e a Isabela. Cheguei a passar 12 horas praticamente confinada por causa das gravações. Tínhamos provas que demoravam de 1h30 até 3h de duração”, afirma.

Um dos diferenciais do ‘Caixa de Costura’ é que os episódios são individuais, ou seja, possuem início, meio e fim. O participante vencedor não segue para o episódio seguinte. “Se o telespectador não viu um episódio, não perde a ideia central do programa assistindo ao terceiro, depois o primeiro ou o último programa. E acho que é uma forma de mostrar mais talentos, já que estamos tentando ser uma vitrine de vários profissionais habilidosos”, defende.

EMOCIONADA

A apresentadora conta que se surpreendeu com o nível dos estilistas e também com as histórias que descobriu deles. Para ela, esse é um dos grandes baratos da profissão: conhecer histórias de vida. Além disso, Patrícia se emocionou diversas vezes. “Tivemos competidor que não terminou dentro do tempo e um outro competidor parou para ajudar. Eu fiquei emocionada! Quando vi que ele parou e cedeu a máquina porque a do outro tinha estragado, foi um gesto tão bonito. Aconteceu mais de uma vez. O comportamento lá dentro é também o comportamento no lado de fora”, acredita.

Bastidores do 'Caixa de Costura'Divulgação

Ao longo dos 20 episódios temáticos, alguns chamaram a atenção de Patrícia, como o do baile de gala e fantasia. “O casamento também. Me surpreendeu muito ver as pessoas conseguirem em tão pouco tempo fazer um vestido de noiva”.

SEM DIFICULDADES

Pela primeira vez apresentando um reality show, a apresentadora conta que não sentiu dificuldades. Principalmente porque ela gosta de improviso, e isso ela pode exercitar muito durante o ‘Caixa de Costura’. “Gosto muito de falar de acordo com o que as pessoas falam comigo. O reality é um bom caminho, porque eu pergunto e, dependendo da resposta, rende uma pergunta, outro comentário. Desde o começo fizemos sem TP (teleprompter, aparelho em que o apresentador lê o roteiro do programa). Já sabia as regras, então o resto flui naturalmente”, diz.

FAMÍLIA E SURFE

A família tem um lugar muito importante na vida de Patrícia, que desde fevereiro está separada do jornalista Amauri Soares, com quem se casou em 2001. Mãe de Felipe, de 15 anos, ela revela que aprendeu a surfar com o herdeiro. “Sempre fiz esporte com ele. Já jogamos futebol juntos, vôlei, tênis. O surfe nunca tinha praticado, e achei que só o faria na próxima vida. O Pipo (apelido de Felipe) é do tipo surfistão mesmo, acorda às cinco da manhã para pegar as ondas dele. Um dia, ele falou: ‘Mãe, tem que surfar comigo’”, recorda. Após o convite, Patrícia pensou na ideia e, como já estava malhando pesado, teve coragem de encarar o desafio. “Depois da primeira aula, o meu filho disse: ‘Sabe quanto tempo eu esperei por esse momento? Cinco anos para ver você surfando comigo’”, lembra. Agora, eles fazem viagens de surfe, e sempre que estão em alguma cidade para visita cultural aproveitam para pegar onda juntos. “Agora entendo por que ele gosta tanto de surfar. É uma sensação muito legal de ficar em pé na prancha”, vibra ela, que tem uma nova meta para realizar: “Ainda falta aprender a tocar violão”.

MAGRINHA

Para quem ainda estranha a silhueta fininha da apresentadora, ela dá a receita da boa forma: faz aulas de musculação três vezes por semana, além do surfe. A alimentação também é motivo de muita atenção. Há dois anos, ela passou por uma reeducação alimentar e garante que come de tudo, inclusive doces. Mas de forma equilibrada. “Sou boa de garfo. Como bem. Tem que aprender o que e quanto comer de cada coisa. É uma grande lição. Não deixo de comer o que tenho vontade. Sigo a lei da compensação, mas é proibido proibir. Se comi um doce aqui, dou uma maneirada ali”, indica ela, que faz suspense sobre o peso. “Pula essa”, ri.

CASA DOS OUTROS

Há dois anos no ar com o ‘É de Casa’, da Globo, onde divide a apresentação com Zeca Camargo, Cissa Guimarães e Ana Furtado, Patrícia faz um balanço positivo da atração. “É muito bacana. As coisas que mais curto é poder visitar a casa das pessoas. Adoro! São muito carinhosas com a gente e sempre preparam o café. Chego lá para falar sobre um assunto e conversamos sobre outros. Temos horário para chegar, mas não para sair. É uma festa só”, diverte-se. Em dose dupla no ar, Patrícia não sabe se o ‘Caixa de Costura’ terá uma segunda temporada. “Estou aqui para novos desafios, novos projetos, conhecer mais gente, outros lugar, ajudar pessoas e me sentir útil profissionalmente. Isso é o que me move”, atesta.

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