Por karilayn.areias

Rio - Em dezembro de 2016, quando atendeu o telefone e ouviu a solicitação do repórter, o ator e comediante Paulo Silvino respondeu: "Mas como você lembra deste disco?!". Ele se referia ao LP "Nova geração em ritmo de samba", de 1960, sua incursão na bossa nova aos 21 anos de idade. Combinado o encontro, Paulo Silvino recebeu o jornalista Bernardo Costa em seu apartamento, na Barra da Tijuca, para a sua última entrevista.

A matéria foi publicada em janeiro no portal Coisas da Música, mantido pelo jornalista, que hoje trabalha em O Dia. Na tarde desta quinta-feira, após a morte de Paulo Silvino devido a um câncer no estômago, Isabela Silvino, filha do artista, mandou uma mensagem para o repórter: "Você foi o último a entrevistá-lo! Obrigada por isso!".

A entrevista também trouxe um vídeo com o comediante, em que ele aparece ao lado do piano que pertenceu à sua mãe, Naja Silvino. Muito debilitado pela doença, o artista contou sobre o sonho de ser cantor de bossa nova, e ainda arrumou uma forma de encaixar, no bate-papo musical, um de seus principais bordões: "Ai, como era grande!".

Enterro

O corpo do ator Paulo Silvino, 78, será velado nesta sexta-feira, 17, a partir das 8h, na capela 8 do Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro. O velório estará aberto ao público entre 9h as 12h. A cremação será feita às 14h. 

O humorista morreu nesta quinta-feira em sua casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, vítima de câncer. O anúncio foi feito por seu filho João Paulo Silvino em rede social nesta manhã. "Que Deus te receba de braços abertos, meu pai amado", escreveu. No ano passado, ele passou por cirurgia para retirada de um tumor no estômago, mas o câncer se espalhou e a família optou pelo tratamento em casa.

Paulo Silvino posa com o LP na varanda de casa Foto%3A Bernardo Costa / Coisas da Música


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