Por nicolas.satriano
Bruno Gagliasso na pele de EduEstevam Avellar / TV Globo

Rio - A insônia que Bruno Gagliasso anda tendo, por causa de seu personagem Edu, tem dia e hora para acabar. Nesta sexta-feira, depois do ‘Globo Repórter’, vai ao ar o último episódio de ‘Dupla Identidade’, que teve grande repercussão nas redes sociais e fez sucesso com o público, alcançando uma média de 16 pontos no Ibope. O final promete ser surpreendente e Bruno Gagliasso poderá, enfim, se despir do serial killer.

“O Edu opera um universo muito sombrio do ser humano, são cenas muito fortes, que exigem muito. Meu perfeccionismo no trabalho, minha paixão pelo que faço, tudo isso tira meu sono. Mas a reação do público nas ruas foi muito boa, muitos comentários sobre meu trabalho como ator, brincadeiras com serial killer, em geral com muito respeito e bom humor. Mas todos adoraram o Edu e o seriado”, explica Bruno Gagliasso.

Nas ruas, o povo quer um final bem trágico para o assassino, que, além de seduzir e matar muitas mulheres, fez a psicóloga Vera (Luana Piovani) de refém e ainda fugiu da cadeia. “Ele tem que sofrer toda maldade que fez. Ele também poderia se matar enforcado, né?”, sugere o comerciante Pablo Gomes.
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Para o bem ou para o mal, é certo que Edu mexeu com o imaginário das pessoas. “A fascinação que serial killers provocam em algumas pessoas para mim é um mistério. Eles são sedutores, inteligentes, em alguns casos bonitos, mas, acima de tudo, são perigosos. Isso, de alguma forma, seduz as pessoas. E essa sedução foi mostrada no seriado”, reforça o ator.
A psiquiatra e especialista em comportamento humano Ana Beatriz Barbosa, que também prestou consultoria a Gloria Perez (autora) para a construção dos personagens Edu e Ray (Débora Falabella), explica que muitos serial killers são fascinados por chamar atenção. “Quanto mais Edu ganhar a mídia, mais poder de manipulação ele terá. Sua capacidade de manipular é infinita”, escreveu a profissional em seu Twitter, sem dar um palpite para o final do criminoso.
Marcello Novaes como o delegado DiasEstevam Avellar / TV Globo

Ana Beatriz também comparou uma ação do bandido, que foi exibida no penúltimo capítulo, a um caso real (episódio em que o sequestrador Lindenberg Fernandes Alves invadiu o domicílio de sua ex-namorada, Eloá Cristina Pimentel, e a matou. O crime aconteceu em São Paulo). “Edu tentou manipular o público! Igualzinho ao que o assassino fez com a Eloá em outubro de 2008.” Ela ainda elogiou a performance de Luana Piovani no papel da psicóloga Vera. “Luana está arrasando. Sua Vera é razão intelectual e emocionalmente humana”, acrescentou.

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Viciada na série, a publicitária Maria Clara Viveiros já está lamentando o fim da atração. “Vi muitas referências de seriados policiais americanos ali e me identifiquei. O Bruno está muito bem no papel e acho que a Globo deveria investir mais nesse tipo de produção”, analisa Maria, que aproveita para dar um palpite para o encerramento da trama.
“Edu apodrecer na cadeia é um tanto quanto óbvio, já que vai ter que pagar pelos crimes. Uma versão que já pensei foi ele acabar seduzindo também a Vera e fazer dela uma vítima. Isso reforçaria que a mente do psicopata não tem mesmo limites.” Já para a autora Gloria Perez o final de Edu é passado. “Estou no salão pintando meu cabelo. Nada é mais sucesso para mim agora do que minha tintura”, diz Gloria.
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