Por karilayn.areias

Rio - Depois de Michel e Patrícia , o casal ardente de ‘Amor à Vida’, Caio Castro e Maria Casadevall — que levaram a química para além das câmeras — voltam a contracenar em ‘I Love Paraisópolis’, próxima novela das 19h da Globo, no ar dia 11. Ele, na pele do bandido Grego. Ela, como a arquiteta inteligente e sofisticada Margot. Maria chegou a ser reservada para ‘Babilônia’, mas acabou acertando o passe com o diretor Wolf Maya.

Caio Castro e Maurício Destri vão brigar pelo amor de Bruna Marquezine%2C inimiga de Maria CasadevallDivulgação

Na história de Alcides Nogueira e Mario Teixeira, os dois têm tudo para emplacar um novo romance. Isso porque Margot começa a novela como namorada de Benjamin (Maurício Destri), mas ao longo dos capítulos será traída por ele com Mari (Bruna Marquezine), que por sua vez é a paixão de Grego. Para tentar atrapalhar a relação da pobre e batalhadora moça da favela com seu par, Margot tem tudo para se unir ao chefe da comunidade e viver um amor bandido. “Nada impede que eles fiquem juntos e que todo mundo acabe feliz... Deve rolar um quarteto amoroso”, aposta Caio. “Os dois núcleos se encontram. Contracenar com o Caio é muito bom. Sempre que dá a gente troca um comentário aqui, outro ali. Conta o que está criando...”, resume Maria.

Para este personagem, Caio foi a campo e, na cara e na coragem, se encontrou com alguns chefes de comunidades paulistas, como Capão Redondo e Fundão. “Sou de São Paulo e sempre fui criado na rua. Todo mundo era igual, jogava bola, empinava pipa, andava de skate... Quando ia ver, um era de uma área mais nobre, outro de uma comunidade... Todos se tornaram amigos. E eu cheguei neles e perguntei se conheciam alguns chefes, porque eu queria ver como era. Conheci toda a estrutura do poder paralelo. Entendi um pouco melhor como funciona essa oposição. Foi muito rico esse processo de laboratório. Não tive medo. As favelas do Rio não têm nada a ver com as de São Paulo. A relação dos moradores com os chefes é outra coisa”, avalia o ator, que no caso de Grego, “faz a política da boa vizinhança.”

Apesar de agir contra a lei, para Caio, ele não é um vilão: “Nem mau-caráter. Não é o politicamente correto, mas tem os motivos dele e as pessoas se sentem no direito de julgá-lo. Ele usa o poder para se defender.” Maria também entende o sofrimento de sua personagem com a rejeição do namorado: “Aos poucos, ela entende que o Benjamin se apaixonou por outra pessoa e isso é muito dolorido para qualquer um.” Ela frisa que só vai à luta quando a relação vale a pena: “Não adianta você correr atrás de quem não está na mesma sintonia que você. Aí, tem que respeitar e abrir mão. O que é um aprendizado.”

Vindo de personagens passionais, como Patrícia de ‘Amor à Vida’, e Lili, da premiada série do GNT, ‘Lili, a Ex’, Maria é mais discreta. “O ciúme se manifesta diferente em cada um. De fato, eu sou uma pessoa muito mais tranquila nas minhas relações do que a Lili, por exemplo. Já a Margot tem ciúme, mas sofre calada, que é muito mais a minha maneira se eu fosse ciumenta. Tenho descoberto várias formas de manifestar o amor. Ciúme tem muito a ver com vaidade, insegurança, muito antes com a gente do que com o outro.”

Além da rival, ela ainda terá que lidar com o veneno da sogra, Soraya (Letícia Spiller). “Que é impetuosa, agressiva... É o primeiro grande obstáculo da Margot”, descreve a atriz, que em cena também terá um quê de ironia: “Ela não é óbvia, não é de gritar, mas tem uma pitada de desdém. Já gravamos uma cena em que ela explode, mas à maneira dela.”

E não é só Margot que baterá de frente com Mari. Grego só não partirá para a violência com Benjamin para poupar sua paixão. “Se fosse em qualquer outra situação, ele ‘passava’ o cara. O mal se mata pela raiz e é o que ele faria. Mas como sabe que pode deixar a Marizete bolada, tenta resolver da melhor maneira possível.”

O criminoso levou Caio a colocar um piercing e a fazer mais duas tatuagens, fora as que já tinha. Antes de começar a gravar, ele descoloriu os fios, no estilo Belo, mas não deu certo. “Testei o louro e achei que ficou bom para o que eu queria. Mas não dava para fazer manutenção semanal. Queima, machuca, ia acabar careca. Quando eu quis colocar o piercing me chamaram de maluco, porque dói. Mas acho que tem que dar o sangue mesmo.” Já Maria alongou as madeixas: “A gente queria dar um peso, porque meu cabelo é de criança. É um visual mais classudo. A Margot tem um comprometimento com a imagem que eu não tenho tanto. É muito diferente essa sensação de ter cabelo.”

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