Rio - Tradicional companheiro da hora do almoço de muitos brasileiros, o 'Globo Esporte' completa hoje 40 anos de vida. Para celebrar a data, o repórter Tino Marcos levará ao público na edição desta tarde diversas matérias especiais lembrando momentos marcantes do programa ao longo do tempo. Segundo Alex Escobar, atual apresentador da atração, o público pode esperar por muitas surpresas.
"O Tino Marcos está fazendo há alguns dias várias reportagens para comemorar essa data especial de 40 anos do 'Globo Esporte'. Vai ter o primeiro gol, a primeira medalha, além de entrevistas com pessoas que fizeram parte da história do programa. Mas, para falar a verdade, nem eu tô querendo ver o material que vamos exibir. Quero apresentar e assistir na hora como se estivesse em casa desfrutando", revela o apresentador.
Ainda de acordo com Alex Escobar, a linguagem utilizada pelo programa é um dos segredos para o sucesso da atração. Segundo o apresentador, com o passar do tempo o programa foi se tornando mais íntimo do público.
"O 'Globo Esporte' voltou a se consolidar no momento em que houve o entendimento que era legal fazer o programa de maneira regional. As pessoas gostam de saber das notícias dos times da sua cidade. Além disso, nós entramos na programação logo após os jornais locais e nosso objetivo é manter aquelas pessoas assistindo à programação. Fico feliz quando alguém me diz que não gosta de futebol mas adora nos assistir. Outra coisa é que amo fazer o 'Cafezinho', é um momento que posso me aproximar da galera e dar um abraço em quem nos acompanha", conta.
Aprendizado
À frente do 'Globo Esporte' desde 2011, Alex Escobar tem a oportunidade de conviver com ex-apresentadores da atração como Léo Batista e Tino Marcos na redação da TV Globo. Para o atual comandante do jornal esportivo, a relação com essas figuras é pautada pelo aprendizado.
"O Léo Batista a gente costuma chamar de professor. Ele foi a primeira pessoa a revolucionar a maneira como o esporte é apresentado na televisão, com o jeito dele de narrar os gols. Quando a gente convive com um cara desses, temos que aproveitar sempre ao máximo", reflete Escobar. "O Tino também é um cara sensacional, que gosta de debater os jogos que assiste e está sempre disposto a ouvir o que você tem para falar. Ele é muito humilde, parece até que é um humano normal como nós", se diverte.
Torcedor do América, Escobar acompanha o 'Globo Esporte' desde a infância, quando o programa ainda exibia notícias do seu clube de coração. Apresentar o programa, no entanto, nunca passou pela cabeça do comunicador. "Se eu tivesse planejado toda minha vida profissional, talvez não tivesse dado tão certo. Eu estava no SporTV e o João Pedro Paes Leme, diretor da Globo na época, me convidou para apresentar o programa. Eu me lembro de entrar no carro e ir para casa pensando sobre aquilo, sobre o tamanho da responsabilidade que seria aquele novo desafio", lembra o apresentador.
Trajetória
O caminho profissional de Escobar até se tornar apresentador do 'Globo Esporte' nem sempre foi na área de comunicação. Comissário de bordo durante quatro anos, ele também trabalhou como locutor de rádio.
"Depois de trabalhar como comissário de bordo, fui convidado para ser locutor da JB FM durante a madrugada. Nesse período entrei inclusive na faculdade de letras, que eu cursava durante o dia, já que eu achava que poderia dar aula enquanto não estava na rádio, mas acabei não concluindo", recorda Escobar. "Depois disso, fui convidado para mediar o 'Rock Bola', um programa na Rádio Cidade que continha torcedores dos quatro grandes clubes do Rio. Pelo fato de torcer para o América, acabei sendo chamado", completa.
Após o período trabalhando em rádio, Escobar foi contratado pelo Grupo Globo e se tornou comentarista de futebol do Sportv. A estreia na TV aberta aconteceu em 2008, no 'Bom Dia Brasil'.
"Comecei a fazer a parte de esportes do 'Bom Dia Brasil' e de vez em quando substituía a Glenda Kozlowski na apresentação do 'Globo Esporte'. Até que em 2010 me convidaram pra fazer o 'Globo Esporte' do Rio e fiquei", lembra o apresentador, que afirma estar realizando um sonho. "Me comparo com aqueles times que chegam à liderança do campeonato e têm que se manter. Espero continuar fazendo o meu trabalho por muito tempo. Sou uma pessoa completamente realizada. Alegria pura", comenta.
*Estagiário sob supervisão de Paulo Ricardo Moreira
