Gisele de Lucas, uma das idealizadoras do aplicativo iVegan - Divulgação
Gisele de Lucas, uma das idealizadoras do aplicativo iVeganDivulgação
Por Brunna Condinni

Rio - O experiência de uma viagem para a Índia inspirou a empresária Gisele de Lucas. Ao retornar, ela lançou o aplicativo iVegan, em parceria com João Paulo Alves, especialista em desenvolvimento mobile e recém-adepto da alimentação vegana.

"É um aplicativo de localização de restaurantes e delivery de comida vegana, que vem levando praticidade a quem busca uma vida mais saudável e consciente", conta Gisele.

A plataforma, disponível para o Rio e Niterói, e em expansão para São Paulo, já teve mais de 10 mil downloads em apenas seis meses, recebendo cadastros de usuários até em países da América do Sul, América do Norte e Europa. O aplicativo é gratuito, está disponível na Apple Store e na PlayStore, e possui ativo mais de 100 restaurantes que oferecem em seus cardápios pratos 100% veganos. É o primeiro aplicativo assim por aqui.

A médica Kaliandra Cainelli, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia sobre veganismo e saúde, explica o que é a alimentação vegana: "Ela exclui a ingestão de qualquer produto de origem animal".

Pensando em facilitar a vida de quem busca opções livres de ingredientes de origem animal e partindo de sua própria necessidade, Gisele teve a ideia para desenvolver o iVegan. "Comecei a pensar em como poderia ajudar as pessoas que tinham as mesmas necessidades que eu".

DESPERTAR

A empresária lembra como o veganismo entrou na sua vida. "Por incrível que pareça, foi quando assisti a um vídeo em que um garotinho se negava a comer o nhoque com polvo que a mãe havia preparado. Ele questionava por que os animais tinham que morrer para a gente se alimentar. E que nós não deveríamos comê-los e, sim, cuidar deles. No final, a mãe do menino estava emocionada, e eu também".

Dois anos depois, quando já tinha parado de comer carne, mas ainda comia frutos do mar por medo de ficar doente, ela foi para a Índia. "Descobri o veganismo e tomei consciência da crueldade da indústria da carne, e principalmente da indústria do leite e ovos, e do impacto dessas atividades no meio ambiente. Foi um despertar", diz.

"Fiz acompanhamento com a nutricionista e aprendi a suprir minha necessidade proteica diária. Só vejo benefícios: menos mau humor e irritabilidade, mais disposição e energia. Minha pele está mais bonita, meu corpo está mais leve, e meu intestino nunca funcionou melhor. Além do mais, a compaixão virou uma prática diária na minha vida, presente em cada escolha", diz.

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