Histórias inspiradoras sobre mães que abriram o próprio negócio para se dedicar aos filhos são comuns. Segundo dados da Pesquisa da Rede Mulher Empreendedora (RME), de 2018, 75% das empresárias brasileiras começaram uma empresa após a maternidade. E a gastronomia está entre as maiores apostas. "A mulher vê que é possível fazer doces para vender, e tem o que precisa em casa", explica Daniela Vergara, sócia da Escola Doces Negócios, que ajuda a desenvolver a estruturação de empresas de doces artesanais.
Sabrina Schmidt criou a Pipoca de Colher ao perceber que não havia opções saudáveis para os filhos. "Sempre fomos apaixonados por pipoca em casa, mas costumava consumir com muito sódio e açúcares. Consegui estourar no vapor, com sabor e ingredientes de qualidade, como a de casca de laranja com gengibre".
Já Tayná Vaz, da Le Chocolates, durante a licença maternidade investiu em uma receita de brownie para melhorar o orçamento familiar. "Comecei vendendo para pessoas próximas e hoje o Naked Brownie, coberto com morangos é o maior sucesso. Minha Lê, Letícia, aprova as habilidades da mamãe". E Isabela Lima, da Flô Bolo Gelado, investiu no setor puxando pela memória afetiva. A mãe de Flor hoje faz duas versões: de coco e de doce de leite com paçoca.
Já a Indoces Doceria Inclusiva nasceu de uma necessidade da dentista Gabriela Reguffe, mãe do pequeno Gabriel, alérgico a leite de vaca e ovo. "Nos viramos relativamente bem nos primeiros anos. Mas quando vieram as festinhas, com mesas de doces e bolos lindos, ele não podia comer", pontua. Foi aí que surgiu a ideia. "Ele levava seu bolinho e brigadeiro, e eu sabia que o alimento seria seguro. Senti com isso que outras famílias que convivem com a alergia e restrição alimentar também poderiam se beneficiar", finaliza.
