Coluna Aventuras Maternas  - Divulgação
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Por *Aventuras Maternas

Aos dois meses, o pequeno Nuno foi diagnosticado com APLV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca). Com sintomas aparentes desde a 1ª semana de vida, a mãe Daniela Arend mudou toda a rotina para lidar com o problema. "A alergia alimentar é devastadora, porque você não sabe por quanto tempo seu filho vai ter que conviver com tanta restrição. Ele sentia muita dor de barriga, tinha cólicas infinitas, passava o dia mamando a sucção tinha efeito calmante , chorava por horas e não conseguia dormir devido à dor. Não tinha coragem de contratar alguém, pois tinha medo de não ter os cuidados necessários. Eu fazia tudo, já que bebês com APLV não podem ter contato nem com traços de proteína, que podem ficar em esponja, talheres, forno, panelas etc", lembra Daniela.

Histórias como essas tiram a qualidade de vida de famílias que precisam lidar com a alergia desde cedo. Há poucos estudos sobre o problema no Brasil, mas segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), entre 6% e 8% das crianças e entre 2% e 3% dos adultos têm alergias alimentares.

A pediatra, alergista e imunologista Beatriz Paz conta que os principais alimentos que provocam alergia em crianças são leite de vaca, ovo, soja, trigo e amendoim. "Para evitar dietas de exclusão sem necessidade por alergias erroneamente diagnosticadas, é preciso realmente confirmar com todos os exames. Ainda sobre os agentes alergênicos, vale lembrar que, em produtos industrializados, é muito importante ficar atento ao rótulo, pois muitas vezes não está escrito com o nome que conhecemos. Com leite, por exemplo, pode estar como caseína, soro, lactoglobulina, entre outros", pontua a médica. Inclusive, lembra ela, pais de alérgicos precisam ficar de olho no site 'Põe no Rótulo', que ajuda a esclarecer dúvidas sobre as informações que constam nos industrializados.

Outro cuidado importante é com a contaminação. Beatriz diz que, para alérgicos, até mesmo um leve contato pode desencadear a crise. "Ao usar uma faca que antes cortou um queijo ou um pão, se a pessoa for alérgica à leite ou celíaca, ou qualquer comida que ela for consumir, dependendo do grau de alergia, poderá haver reação. Por isso, às vezes, é mais fácil levar o que for comer de casa", complementa.

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