Coisa Mais Linda - Divulgação Netflix
Coisa Mais LindaDivulgação Netflix
Por RODRIGO TEIXEIRA

A Netflix estreou, no dia 22 de março, a série brasileira 'Coisa Mais Linda', que retrata o dia a dia de quatro mulheres comuns e as questões que orbitam o feminino da década de 1950. Destaca-se o machismo, o racismo e a opressão. "Minha personagem luta pelo direito de existir. É uma mulher jovem e cheia de sonhos, e esses sonhos, às vezes, se esbarram em moralismos ou em um tipo de estrutura familiar em que ela está. Acaba sendo sufocada, mas batalha pelo direito de se expressar e existir na sutileza dela", diz Fernanda Vasconcellos, que dá vida a Lígia, a melhor amiga de Malu (Maria Casadevall) desde o colégio. Pathy Dejesus e Mel Lisboa são as outras protagonistas.

Lígia sempre quis ser cantora, mas desistiu desse sonho por causa do marido, Augusto (Gustavo Vaz), um aspirante a político que precisa manter toda a sua família longe de escândalos e cheios de aparência, principalmente quando o assunto é a sua esposa. Ele é extremamente agressivo e protagoniza com ela cenas de violência doméstica, que ainda são realidade no Brasil.

Em sete episódios, 'Coisa Mais Linda' leva pelo menos quatro para apresentar a história e os dramas de cada protagonista, uma completamente diferente da outra, mas que se unem. A série, cujo título faz menção à canção 'Garota de Ipanema', é o primeiro drama nacional de época produzido pela Netflix e tem o Rio de Janeiro do final da década de 1950 e início dos anos 1960 como pano de fundo.

A trama expõem também o surgimento da bossa nova. E a música gira principalmente ao redor de Chico (Leandro Lima), que, por sua vez, é o precursor do gênero musical no Rio, com traços de João Gilberto e Chico Buarque. Criada por Heather Roth, americana apaixonada por bossa nova, e Giuliano Cedroni, roteirista e produtor brasileiro, a primeira temporada já está disponível no serviço de streaming da Netflix.

Você pode gostar
Comentários