Por lucas.cardoso

Rio - Os auditores fiscais da Receita Federal devem manter a greve da categoria, iniciada no dia 14 de julho, para pressionar o Congresso e o governo a acelerar a aprovação do reajuste da categoria. A União já enviou o Projeto de Lei que prevê a correção de 21,3% dos servidores à Câmara dos Deputados.

O servidores querem agora que a Casa aprove o regime de urgência para a votação. No entanto, o acordo firmado em março pelos profissionais com o governo da presidenta afastada Dilma Rousseff previa o envio do texto num prazo antecipado, o que causou indignação da categoria.

auditores da Receita Federal decidem por manter a greveDivulgação

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) pediu então ao governo interino que o reajuste fosse concedido por Medida Provisória, que garante efeito imediato, mas não foi atendido. O acordo com os auditores previa o reajuste de 21,3% em quatro anos, sendo 5,5% a partir de agosto deste ano. A negociação também prevê o pagamento de um bônus de eficiência aos servidores.

A paralisação dos auditores começou com operação-padrão nas atividades das alfândegas em todo o país. E a perspectiva é de que eles continuem com a atividade nos próximos dias: na última quinta-feira, a direção do Sindifisco fez assembleia com a categoria e a maioria decidiu pela paralisação.

Apesar de o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter afirmado que o projeto seria votado em regime de urgência, a medida ainda não ocorreu. Enquanto isso, a categoria promete fazer mais pressão. Se aprovado, o texto ainda terá de passar pelo Senado.

O impacto do projeto para os cofres públicos é de R$ 2,097 bilhões nos quatro anos. O bônus pago aos servidores custará R$6,479 bilhões até 2019, segundo cálculos do governo federal.

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