Por thiago.antunes
Rio - As taxas de juros do crédito imobiliário para compra da casa própria com recursos da poupança da Caixa Econômica Federal estão mais baixas a partir de hoje. O banco anunciou ontem que reduzirá em 0,25 ponto percentual ao ano todas as taxas a pessoas físicas que financiaram imóveis novos ou usados enquadrados no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

As novas taxas variam conforme o grau de relacionamento do cliente com a Caixa. Para quem não é correntista, os juros pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), por exemplo, cairão de 12,5% ao ano para 12,25%. No caso de servidor público que recebe salário pela Caixa, baixarão para 10,75% ao ano, ante 11%.

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Para os financiamentos enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a taxa balcão dos que não têm relacionamento com o banco vai de 11,22% para 11% ao ano. Os juros dos servidores que recebem na Caixa serão de 9,7%, ante 10% ao ano.

Para clientes que comprarem imóveis novos ou na planta, com a construção financiada pela Caixa, e fizerem a opção de receber o salário pelo banco, serão cobradas taxas iguais às oferecidas aos servidores. Os juros passarão de 11,22% ao ano para 9,75%, para os imóveis no SFH, de 12,5% ao ano para 10,75%, para unidades enquadradas no SFI
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O limite do SFH para imóvel residencial é R$ 650 mil, para todo país, exceto para Rio, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde é de R$ 750 mil. Os imóveis residenciais acima dos limites do SFH são enquadrados no SFI.
Além da redução de juros, a Caixa diminuiu o limite mínimo de financiamento com recursos da poupança de R$ 100 mil para R$ 80 mil. O novo piso vale tanto para imóveis novos como usados, dentro do SFH ou SFI.
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Para as empresas, a Caixa reduzirá a taxa de juros em todas as faixas de relacionamento. As taxas para micro e pequenas empresas cairão de 14% para 13%, e para médias e grandes, de 13,5% para 12,5%.
No caso dos imóveis enquadrados no SFI, o banco modificou a remuneração do Correspondente Caixa Aqui (exceto repasses), padronizando em 1% o valor do financiamento, com limite de R$ 2 mil nas operações do FGTS e sem limite para o SBPE.
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A Caixa fez uma série de ajustes para empresas que pretendem financiar a construção pelo banco dentro do SBPE. O prazo foi elevado para 36 meses, com carência de um ano pós-obra e possibilidade de acréscimo de 25% sobre a obra a executar.
Medida deve ser seguida
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A redução dos juros deve ser seguida pelos demais bancos, já que a Caixa, principal fornecedor de imóveis do país (com quase 67% de participação no mercado imobiliário), serve de piso para os concorrentes.
O banco reservou R$ 93 bilhões para o crédito habitacional em 2016, dos quais R$ 66,2 bilhões foram aplicados. A expectativa do banco é aplicar R$ 26,8 bilhões até o fim deste ano.
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Em nota, a Caixa informou que o corte é reflexo da diminuição da taxa básica de juros (Selic), que foi reduzida para 14% ao ano pelo Banco Central, em outubro.
Instituições mantêm taxa do cheque especial estável em outubro
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Pesquisa sobre juros bancários feita pelo Procon-SP 3 de novembro apontou que, após sequência de nove altas, as taxas do cheque especial ficaram estáveis. Das seis instituições pesquisadas (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú, Safra e Santander), todas mantiveram a taxa do cheque especial.
O Procon esclareceu, no entanto, que houve alteração da taxa média do especial devido a retirada do HSBC da pesquisa em razão do processo de incorporação ao Bradesco. Com isso, os juros médios ficaram em 13,56% ao mês, nível inferior aos 13,72% de outubro, o que representou queda de 0,16 ponto.
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No caso do empréstimo pessoal, a taxa média foi de 6,51%, inferior aos 7,05% de outubro, queda de 0,54 ponto. O Procon informou que as modificações foram provocadas pelo BB, que baixou de 7,40% em outubro para 5,85%, e pela Caixa, que subiu os juros de 5,50% para 5,70%.