Rio - O Psol protocolou, na tarde desta quinta-feira, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a concessão de incentivos fiscais a partir de 2008, período em que o ex-governador Sergio Cabral, preso de manhã pela Polícia Federal, geriu o Estado. O pedido, dos deputados Eliomar Coelho, Flavio Serafini, Marcelo Freixo, Paulo Ramos e Wanderson Nogueira, teve ainda a assinatura de 21 deputados.
Para Freixo, a prisão do Cabral facilitou e impulsionou os outros deputados a apoiarem a CPI. "Não tenho dúvida de que a prisão de Cabral criou um constrangimento que levou os deputados dessa casa a cumprirem o seu papel", disse o psolista.
Momentos depois, mais uma CPI foi protocolada na Casa, aberta pela deputada Zeidan (PP), para investigar o superfaturamento nas obras do Maracanã e no Metrô. "Desde 10 de maio deste ano estou tentando coletar assinaturas. Até então, eu só tinha 15. Consegui chegar a 24. Acredito que a prisão do Cabral facilitou a instalação da CPI, mas não foi só isso. A crise financeira, a instabilidade do Estado e a ameaça do fim de programas sociais à população mais carente do Rio ajudaram todos os deputados a repensarem seu posicionamento. Queremos investigar os indícios de superfaturamento não só nas obras do Maracanã, mas também nas obras do Metrô Rio", disse.
Em outubro, o blog Justiça & Cidadania denunciou a farra das inseções durante o governo Cabral. Entre os beneficiados, termas e cabeleileiros. As isenções, segundo promotores do Ministério Público, afundaram o equilíbrio fiscal do Rio.