Por bianca.lobianco
Rio - Manuela, de 12 anos, posa ao lado de quatro colegas na foto do banner da campanha institucional do Colégio Notre Dame para atrair novos alunos interessados nas matrículas de 2017. Portadora de Síndrome de Down, a estudante que passou para o sétimo ano do Ensino Fundamental na unidade do Recreio simboliza uma filosofia de inclusão na escola. Cerca de 70 dos 880 alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio possuem algum tipo de necessidade especial.
Cerca de 8% dos alunos têm deficiência. O índice é o dobro do percentual estipulado por lei federalDivulgação

O índice de 8% é o dobro dos 4% estipulados pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, sancionada em julho do ano passado. E se justifica pela atenção do colégio com os alunos que se enquadram nesse perfil. Nove mediadores fazem parte do quadro de funcionários, ajudando no aprendizado dos portadores de necessidades especiais.

Eles também têm acesso a uma sala de apoio com recursos multifuncionais, provas adaptadas, cinco rampas de acessibilidade e conselho de classe individualizado, numa estrutura coordenada por uma orientadora especializada em educação inclusiva, contratada há dois anos pela escola.
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Para a psicopedagoga Cynthia Machado, coordenadora da escola, a política de inclusão tem atraído pais de alunos com necessidades especiais. “Temos um olhar atento para esses estudantes, levando em consideração os aspectos físicos, emocionais e pedagógicos de cada um deles. Isso faz a diferença para os pais na busca de uma escola que atenda as necessidades dos seus filhos”, analisa.
Foi o que aconteceu com a Manuela, citada no começo da reportagem. Depois de passar por outras duas escolas, ela foi matriculada no Notre Dame no começo deste ano justamente porque a escola tinha mediadores. Ela ainda conta com o apoio de uma fonoaudióloga e uma psicóloga fora da escola.
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“A experiência tem sido positiva. A escola tem provas especiais e uma ideia de fazer essa inclusão de uma forma profissional, seguindo rigorosamente o currículo. A escola também aprende com essas experiências”, avalia Isabella Rostock, mãe de Manuela.
A escola não atende apenas crianças e adolescentes com Síndrome de Down. Na unidade, também há alunos com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), dislexia, autismo e problemas psicomotores.