Por gabriela.mattos
Rio - A bomba está prestes a estourar e os serviços públicos a serem afetados drasticamente no Estado do Rio. Devido ao atraso do pagamento de salários de novembro e à imprevisibilidade do crédito do 13º, o funcionalismo está se mobilizando para uma greve geral em janeiro. Hoje, o Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe) reúne representantes de cerca de 40 sindicatos para discutirem e costurarem a paralisação geral já no primeiro mês de 2017.
Não está descartada nem mesmo a adesão de agentes da Segurança: fontes afirmam que PMs estudam fazer ‘operação-padrão’ no Réveillon. E hoje um dos sindicatos de policiais civis, o Sinpol, faz assembleia para decidir sobre paralisação de 24 horas também no Ano Novo.
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Um dos líderes do Muspe, Alzimar Andrade ressalta que o movimento pela greve geral ganhou mais força ontem com a decretação de paralisação por quatro categorias, todas da Secretaria de Fazenda: analistas de Controle Interno, gestores de Controle Interno, analista da Fazenda e analistas de Finanças Públicas. As classes vão parar a partir de quinta, pois há um prazo de 72 horas após a comunicação à administração. Na última quinta, servidores do Proderj decidiram pela greve, que começou ontem.
“A ideia é costurar greve geral e ver as categorias que podem aderir. A cada dia há uma classe parando”, disse Alzimar, que é diretor do Sindjustiça, em greve desde outubro.
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Calendário de lutas
Os sindicatos de diferentes classes de servidores terão que fazer suas próprias assembleias, lembra Alzimar. E, segundo ele, a ideia da reunião hoje é discutir possibilidades e data para a decretação da greve. O sindicalista afirma ainda que será definido o calendário de lutas para 2017. “Já estaremos programados antes da votação do pacote na Alerj”, diz.
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Analistas da Fazenda
A Secretaria de Fazenda tem cerca de 350 analistas ativos,segundo a Anaferj (associação da categoria). Os funcionários não receberam o salário de novembro e decretaram greve ontem. Diretor da Anaferj, Nelson Antunes diz que os servidores reivindicam não só o pagamento dos vencimentos: “É pelo 13º salário e o crédito dos inativos e pensionistas”.
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Contra corte de ponto
Antunes diz que a greve protegerá quem não tem condições de ir trabalhar: “Não haverá corte de ponto”. A classe chegou a conversar com o secretário de Planejamento, Luiz Cláudio, semana passada, e ele sugeriu que cada servidor falasse com seu gestor — este poderia identificar, com “bom senso” cada caso. Mas a categoria temia corte de ponto.
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Outros tratamentos
Presidente da Associação dos Servidores do Controle Interno (que atende analistas e agentes), Thiago Rangel diz que a classe também critica outros pontos. “Há insatisfação pelo fato de outras classes receberem de forma diferente”, diz. Conforme a coluna já informou, O 13º do Detran e Loterj já foram pagos. O da PGE também.
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Assembleia
Integrantes de uma carreira nova — de Executivos Públicos — também poderão parar. Presidente da Exec-Rio, Jesuíno Alves diz que haverá assembleia na semana que vem para decidir sobre paralisação. E, ontem, eles aprovaram indicativo de greve. A carreira foi criada há pouco mais de três anos para modernizar a gestão pública.
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Contador geral
O contador geral do estado, Francisco Iglesias, comunicou ontem à Fazenda sua saída do cargo. A decisão poderá afetar o fechamento das contas do governo. A pasta não comentou o caso. A secretaria também não se pronunciou sobre as decisões pela greve das diversas categorias integrantes da pasta.