Por thiago.antunes
Rio - O pagamento integral hoje dos salários de dezembro dos servidores ativos e inativos da Segurança Pública não mudará em nada a disposição dos policiais civis que entraram ontem em greve. Segundo o presidente da Coligação dos Policiais Civis do Rio (Colpol), Fábio Neira, a paralisação da categoria continuará até que o estado regularize o crédito dos salários no 5º dia útil do mês.
Policiais civis decidiram entrar em greve durante assembleia na segunda-feiraColpol RJ

Ontem, menos de 24 horas da decretação da paralisação, o governo anunciou que vai pagar hoje os salários de ativos e inativos da PM, Polícia Civil, Secretaria de Administração Penitenciária e órgãos vinculados, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Secretaria de Segurança. Segundo a Fazenda, o pagamento será feito a partir das 13h. A pasta ressaltou que alguns depósitos poderão ocorrer após o fim do expediente bancário.

Os pensionistas da Segurança Pública, no entanto, não serão contemplados hoje. As pensões serão liberadas juntamente com os salários das demais categorias que ainda não receberam. O calendário para esse pessoal ainda não foi definido.

“O anúncio (do pagamento) não vai alterar a decisão soberana da assembleia. Além disso, estamos solidários aos pensionistas que não vão receber dezembro nesta quarta”, disse Neira. 
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Bombeiros: Assembleia hoje às 18h
Depois de policiais civis e agentes penitenciários terem decretado greve, agora os bombeiros se mobilizam para forçar o estado a colocar salários e 13º em dia. Os componentes da corporação fazem hoje, às 18h, assembleia para deliberar como vão pressionar o governo. A assembleia será na sede cultural da Coligação dos Policiais, na Rua Sete de Setembro 141.
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Propostas debatidas
Segundo Mesac Eflain, presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Estado do Rio, três propostas serão levadas para debate. Assim como PMs, os bombeiros são proibidos de participar de paralisações. “Vamos propor o aquartelamento da tropa. O pessoal vai para os quartéis, mas sairemos das unidades somente para atender chamados de socorro”, diz.
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Serviço racionalizado
A outra proposta é racionalizar os serviços burocráticos internos dos quartéis, além de participações em formaturas. Será sugerido que os bombeiros deixem de ir trabalhar usando meios próprios já que não estão recebendo, além do salário, o auxílio-transporte de R$ 100 que é pago no contracheque, explicou o presidente.
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Pedido para carro
Outra medida de protesto será orientar os bombeiros a pedirem que viaturas os peguem em casa para levar aos quartéis, tendo em vista que a tropa está sem pagamento. “No fim do ano passado, o comando liberou que carros buscassem o pessoal, mas como não deu para pegar todos, o comandante acaba liberando de ir trabalhar”, afirmou.
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Parcelas atrasadas
Além dos salários em dia e do 13º, os bombeiros reivindicam, segundo o presidente da associação, o pagamento das parcelas do Programa de Reforço Operacional nos Grupamentos do Corpo de Bombeiros (Prog), devidas por serviços extras prestados nas folgas, que estão atrasadas desde o meio do ano passado.
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Participação
O presidente da associação dos bombeiros, Mesac Eflain, informou ainda que objetivo é ter pelo menos de um a dois representantes dos cerca de 100 quartéis do estado participando da assembleia de hoje. “Como muitos estão sem dinheiro, entendemos que com a participação a reunião será representativa”, afirma.