Por tabata.uchoa
Alerj volta aos trabalhos quarta-feiraDivulgação

Rio - Começam na quarta-feira os trabalhos na Alerj, quando o Executivo apresentará aos deputados o novo pacote de austeridade do governo. No mesmo dia, o Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe) iniciará um calendário de atos contra a aprovação das medidas, que incluem elevação do desconto previdenciário para 22% e a venda da Cedae.

A manifestação dos servidores está marcada para meio-dia. No protesto, além de criticarem as propostas que afetam o funcionalismo, eles pretendem pressionar o Legislativo para levar adiante o pedido de impeachment do governador Luiz Fernando Pezão, já protocolado na Alerj pelo Muspe.

Para o movimento, as exigências de contrapartidas do governo federal ao Estado do Rio já estão sendo cumpridas.
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“Todas as categorias do funcionalismo estadual estão, em média, dois anos sem reajuste. Já estamos pagando as contrapartidas e não aceitaremos mais taxação de servidor”, afirma um dos líderes do Muspe, Ramon Carrera, que também é um dos diretores do Sind-Justiça.
As votações do novo pacote começarão no dia 6 de fevereiro. Segundo o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), os textos que tratam do desconto previdenciário só vão ao plenário quando as folhas atrasadas (o estado ainda paga o salário de dezembro a diversas categorias e deve o 13º) e as pendências da Segurança forem quitadas.
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Picciani ressalta que, como a privatização da Cedae é a garantia para liberação de empréstimo ao Estado do Rio, esse será o primeiro projeto a ser votado. O dinheiro que pode ser obtido por essa operação financeira será destinado ao pagamento da folha salarial, conforme o governo vem afirmando.
“Vamos votar na semana de 6 a 10 de fevereiro o pedido de empréstimo para pagamento dos salários atrasados (tem que ter aprovação da Alerj) e privatização da Cedae, pois para obter empréstimo tem que ter garantia real”, afirmou Picciani.
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Nada indica que de fato esses projetos serão aprovados, mas o presidente da Casa condiciona o sinal verde a esses textos ao pagamento da folha. Isso porque lembra que, com o empréstimo, o estado quitará a folha. “Só após pagar os atrasados e divulgar calendário para pagamento dos servidores em dia votaremos os textos da previdência”afirmou.
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