Por thiago.antunes
Rio - Os clientes de operadoras de energia elétrica não vão pagar taxa extra na conta de luz até pelo menos o mês de abril. A bandeira tarifária ficará verde pelos próximos dois meses, segundo projeção feita ontem pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.
Devido ao nível dos reservatórios das hidrelétricas%2C Aneel prevê que cor da bandeira será verdeDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

Pelo sistema de bandeira, com a menor oferta de energia devido à redução do nível dos reservatórios de água nas hidrelétricas, são acionadas as bandeiras amarela e vermelha. Assim, há cobrança de um valor extra por cada kilowatt-hora consumido.

“Até o fim do período úmido, não vislumbro cenário que possa acionar bandeira amarela”, afirmou Rufino após evento em São Paulo. O diretor afirmou que o órgão está prestes a definir o adicional para cada bandeira tarifária em 2017 e o nível de acionamento de cada bandeira.

“Estamos concluindo as análises, mas não deve ter muita mudança no conceito e nível de patamares e no adicional de cada modalidade”, garantiu Rufino. “Mas certamente teremos algum aprimoramento”. O executivo, no entanto, não passou cronograma nem sinalizou eventuais patamares.

Ao falar sobre os desafios do segmento de distribuição de energia, o diretor destacou que o setor convive com problemas ligados à gestão do fluxo de caixa, uma vez que as companhias estão sujeitas a oscilações nos custos da energia e outros encargos. “O desafio é resgatar a preocupação da distribuidora, que é prestar serviços pertinentes à atividade fio.”

O diretor descartou a necessidade de alguma revisão nos valores cobrados aos consumidores após decisão da Aneel de recontabilizar o preço da eletricidade de novembro e das primeiras três semanas de dezembro.

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Naquele mês havia sido acionada a bandeira amarela, mas o preço após a revisão indicava que o mês deveria ter sido de bandeira verde. Segundo Rufino, não é necessária devolução porque a arrecadação com a bandeira fica em conta e é repassada às distribuidoras para custear a compra de energia de termelétricas, que têm a geração mais cara que as hídricas.