Por thiago.antunes

Rio - Na semana passada, a empresa Tesla, a mais inovadora das fabricantes de carros elétricos que vendeu apenas 76 mil unidades em 2016, ultrapassou a Ford que vendeu 6,7 milhões de veículos no mesmo período, em valor na bolsa de valores.

A Ford, empresa que revolucionou o mercado ao oferecer carros coloridos em uma época em que todos os automóveis eram pretos, agora precisa correr muito atrás desse prejuízo e mostrar que continua sendo moderna.

É uma situação emblemática do mundo em que vivemos. Há uma corrida global em busca de soluções inovadoras tanto na produção de energia, principalmente por meio de fontes renováveis, quanto no consumo, onde se quer ter mais eficiência e novos resultados.

Desde o tempo dos bondes que veículos elétricos são apontados como alternativaDivulgação

Na prática, os investidores estão mais dispostos a colocar dinheiro na pouco conhecida Tesla do que na Ford porque acreditam que podem ganhar mais com a primeira do que com a segunda.

Desde o tempo dos bondes que veículos elétricos são apontados como alternativa aos barulhentos e poluentes modelos de motor a combustão. A força da indústria do petróleo e de companhias como a Ford, porém, foi determinante na escolha de políticas de investimentos que tornaram o petróleo e o automóvel como conhecemos, o sonho de consumo no Oriente e no Ocidente do nosso pequeno planeta.

A opção pelo carro elétrico contempla aspectos ambientais, e não apenas porque ajuda a reduzir a emissão de gás carbônico na atmosfera. Além disso contribui para a qualidade de vida da população porque faz menos barulho, oferece soluções mais seguras de carros autônomos, entre outros motivos a seu favor.

A valorização de uma empresa do futuro — a Tesla — indica o lugar que terá a inovação na indústria de energia elétrica nos próximos anos. Seja na oferta, por meio de novas fontes de produção, como o vento, o sol e até as pilhas que armazenarão energia, seja na ponta do consumo que, não só no carro elétrico, mas nas indústrias, nas lojas e nos lares encontrarão outras formas de aproveitar a energia disponível no planeta para viver e produzir melhor.

Sérgio Malta é presidente do Conselho de Energia da Firjan

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