Por thiago.antunes

Rio - O governo federal se movimenta para evitar surpresas nas votações das reformas da Previdência e Trabalhista. Nesta segunda-feira, o presidente Michel Temer voltou a se reunir com ministros para pedir empenho às suas bancadas para garantir as aprovações da PEC 287 e do PL 6.787. “Vou pedir para eles fazerem o que deve ser feito pelo Brasil”, declarou Temer, ao chegar ao Itamaraty para o almoço com o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, que está em visita oficial ao país.

Em resposta à iniciativa de Temer, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), garantiu ontem que a votação da Reforma Trabalhista será concluída ainda esta semana no plenário da Casa. Segundo a agência Estadão Conteúdo, a previsão é que o texto seja discutido hoje na comissão especial da Câmara e vá logo a plenário amanhã. Maia espera que seja concluído, no máximo, na quinta-feira.

“Espero que a partir de quarta-feira de manhã a gente possa começar a modernizar a legislação trabalhista no Brasil”, disse. Maia negou que as alterações feitas no projeto pelo relator, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), deixaram o texto muito duro. “Duro está hoje para gerar emprego no Brasil, a partir de quinta-feira vai ser mais fácil’, disse.

No entanto, o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) afirmou que a proposta de Reforma da Previdência pode sofrer mais mudanças no Senado, mas considerou que o “grosso” das alterações na matéria já foi atendido pelo governo.

“É claro que o governo tem feito movimentos na tentativa arredondar a proposta já na Câmara, com sugestões que eventualmente venham do Senado. Mas que nós teremos emendas no Senado a um projeto como esse, acho que isso é mais do que natural dentro do processo legislativo. Agora, se as emendas serão ou não aprovadas, são outros quinhentos", assinalou o tucano, após participar do fórum Espanha-Brasil na Zona Sul da capital paulista.

Psol vai ao Supremo contra urgência

O Psol protocolou nesta segunda no Supremo Tribunal Federal (STF) mandado de segurança para anular a decisão da Câmara que aprovou na última quarta-feira a urgência na tramitação Reforma Trabalhista. No dia anterior, outro requerimento de urgência havia sido rejeitado pelo plenário da Casa.

Para o partido de oposição, a apresentação de um novo requerimento com o mesmo teor foi uma “manobra da Presidência da Câmara” para reverter o resultado da primeira votação. A liderança do Psol avalia que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), infringiu o regimento interno da Casa ao não considerar como prejudicada matéria que já foi deliberada pelo plenário. Maia negou que tenha descumprido o regimento.

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