Por thiago.antunes

Rio - O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou ontem que o texto da Reforma Trabalhista não passará no Senado da forma como foi aprovado na quarta-feira pela na Câmara.

“Não acredito que essa reforma saia da Câmara e chegue aqui, ao Senado Federal - reforma de ouvidos moucos -, sem consultar opiniões; reforma que só interessa à banca, ao sistema financeiro, rejeitada em peso e de cabo a rabo pela população; reforma tão malfeita, que chega a constranger e a coagir a base do próprio governo. Por isso ela vai e volta, de recuo em recuo”, declarou Calheiros que ressaltou que a reforma é “injusta”, porque retira direitos dos trabalhadores.

Após aprovar o texto-base, o plenário da Câmara rejeitou os destaques feitos ao projeto da Reforma Trabalhista na madrugada de ontem. Todos as dez propostas para modificar o PL 6.786 foram apresentadas pela oposição.

Os outros que seriam votados hoje foram retirados da pauta e o texto seguirá para o Senado. A sessão que aprovou a reforma foi aberta na manhã de quarta-feira e foi encerrada às 2h06 de quinta-feira.

Entre os destaques rejeitados estava o pedido do PCdoB que queria retirar do texto da reforma a alteração na legislação trabalhista que possibilita a rescisão do contrato de trabalho por acordo entre empregados e empregadores, com divisão de direitos trabalhistas como aviso prévio e multa do FGTS.

O destaque que eliminava a espinha dorsal da reforma também foi rejeitado. Apresentada pelo Psol, a proposta pretendia excluir o artigo sobre a prevalência do acordo coletivo sobre a legislação.

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