Por thiago.antunes

Rio - A capacidade de transferir energia entre os sistemas elétricos dos diversos países da América Latina é essencial para o desenvolvimento satisfatório das fontes de energia renováveis disponíveis na região e também para maximizar a exploração do potencial hidrelétrico.

Mas é preciso ficar claro que essa capacidade só ocorre quando se compartilha riscos entre as partes.  Os representantes do conselho na América Latina do World Energy Council (WEC) já perceberam isso e alertam que o desafio de criar uma visão integrada e aproveitar as oportunidades está justamente em garantir a correta alocação dos riscos.

Para isso, é necessário criar um ambiente de diálogo multilateral que estabeleça as bases para um novo modelo de integração.  Há ainda muito a avançar nessas construções diplomáticas que costumam ser bastante delicadas. Na América Central, por exemplo, um modelo de integração começou a ser implementado em 1992.

Quase 25 anos depois, os países da região ainda têm dificuldades em lidar com um regulador com competência supranacional. A integração tem que respeitar a soberania dos países, mas ser flexível e efetiva.

Confiança não se impõe, se conquista. Mas para chegar a um modelo realmente integrado é preciso impulsionar os entendimentos desde já. Os países da região precisam confiar uns nos outros para gerar condições de operação conjunta dos sistemas.

As vantagens da integração energética vão além da otimização dos investimentos, da preservação ambiental e do bem estar das populações de toda a região. Ela é crucial quando se observa a instabilidade climática que já vem afetando espaço e que tende a se intensificar nos próximos anos.

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